Autoridade do Trabalho investiga irregularidades na greve na Ryanair

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) avançou com uma ação inspetiva para averiguar irregularidades relacionadas com o direito à greve dos tripulantes da Ryanair.

A ACT diz ter tomado conhecimento de “alegadas irregularidades relacionadas com o direito à greve dos tripulantes de cabine da companhia aérea Ryanair”, tendo desencadeado uma ação inspetiva, “no decurso da qual serão adotados os procedimentos adequados”, disse fonte da ACT, contactada pela Lusa.

A Autoridade para as Condições de Trabalho assegura ainda que se encontra a acompanhar “atentamente” esta situação, de modo a “assegurar os direitos dos trabalhadores“.

Segundo um memorando enviado aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a companhia aérea admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve dos tripulantes portugueses.

“Durante a greve portuguesa, muitas das nossas tripulações chamadas ao dever, juntamente com alguns voluntários extra e rotações vindas de bases não portuguesas, fizeram com que provocássemos apenas pequenas perturbações nos nossos voos e aos clientes”, lê-se no documento da Ryanair.

Este domingo, a presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que “gostaria muito de ver” quem tem responsabilidades em Portugal a “tomar uma posição” sobre a greve dos tripulantes portugueses da Ryanair.

“Gostaria muito de ver quem tem responsabilidades neste país a tomar uma posição, não podem brincar com os portugueses, não podem pôr sempre os portugueses de chapéu na mão a pedir que venham para cá investir” e que quem invista em Portugal “faça ’tábua rasa’ do nosso ordenamento jurídico e da nossa legislação”, disse Luciana Passo.

Segundo o SNPVAC, durante a manhã deste domingo, dos oito voos previstos no aeroporto Porto, cinco foram cancelados. Em Lisboa, dos cinco voos, dois foram cancelados. Relativamente a Faro, dos sete voos programados, saíram três.

// Lusa

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