Açores: coligação com cinco candidatos teve quatro votos

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André Kosters / Lusa

Boletim de voto nas eleições regionais dos Açores 2024

0,00% para MPT/Aliança, uma força política que teve mais candidatos a deputados do que votos. E há uma conta curiosa na AD.

O PS perdeu dois deputados, a coligação PSD/CDS/PPM ganhou um deputado.

Esta diferença foi suficiente para o PS não ser o partido mais votado nas eleições regionais dos Açores – algo que não acontecia desde 1992.

Olhando para a comparação com os resultados de Outubro de 2020, reparamos que o PS tinha conseguido 25 lugares na Assembleia e agora conseguiu 23. Desceu de 39,13% dos votos para 35,91%.

Em 2020 não havia AD, por isso é preciso olhar para os resultados de PSD (21 deputados na altura), CDS (3) e PPM (1). Juntos, tinham 25 deputados – e agora conseguiram 26.

Curiosamente, a percentagem de votos foi quase igual: em 2020 o PSD, o CDS e o PPM, juntos, chegaram aos 41,59%; agora em coligação atingiram 42,08%.

Em termos absolutos e em termos percentuais, a maior subida foi para o Chega: de 2 para 5 deputados, de 5,06% para 9,19%. E conseguiu mais do dobro de votos: eram 5.260 e passaram a 10.626.

O BE tinha dois deputados, passa a ter apenas um. Resultado de descida de 3,81% para 2,54% dos votos.

A IL subiu ligeiramente, de 1,93% para 2,15%, mas manteve o deputado que tinha na Assembleia Regional.

O PAN desceu ligeiramente – tinha 1,93% e passou para 1,65% – mantendo também um lugar no Parlamento.

Zero deputados e quatro votos

A CDU ainda teve mais votos – de 1.745 subiu para 1.823 – mas ficou a apenas 84 votos de regressar à Assembleia. Os comunistas continuam fora do Parlamento dos Açores, não elegeram qualquer deputado.

O Livre duplicou o número de votos, de 362 para 735, mas também está fora da Assembleia.

O PCTP/MRPP (144 votos em 2020) desta vez não concorreu; o ADN, que não havia concorrido em 2020, desta vez apareceu e convenceu 381 pessoas, correspondente a 0,33% dos votos e zero deputados.

O caso mais peculiar da noite foi o da coligação MPT/Aliança, denominada Alternativa 21 – que só concorreu em Santa Maria, porque o Tribunal Constitucional rejeitou todas as candidaturas às outras ilhas.

A coligação tinha três candidatos efetivos e dois suplentes, em Santa Maria. Ou seja, cinco elementos na sua lista.

E conseguiu… quatro votos. 0,00% nas contas oficiais.

Ou seja, esta força política não contou sequer com o voto de todos os seus candidatos, como se lê no jornal NOVO.

Nas eleições anteriores o Aliança, sozinho, tinha registado 422 votos; o MPT ficou-se pelos 157 votos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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