Acordou a seguir Trump nas redes sociais? Não é sonâmbulo: é um “processo” da nova administração

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DarioStudios / Depositphotos

Esta semana, muitas pessoas garantiram começar involuntariamente a seguir Donald Trump no Instagram ou noutras redes sociais. O que se passou?

Quando Donald Trump tomou pose, esta segunda feira, como presidente dos EUA, as contas presidenciais nas redes sociais foram transferidas de Joe Biden para o novo presidente.

O mesmo aconteceu com Kamala Harris e J. D. Vance, no cargo de vice-presidentes, e nos outros postos da Casa Branca.

Ao longo dos últimos dois dias, foram milhares as pessoas que, no Instagram e noutras redes sociais da Meta (como o Facebook), comentaram estar a seguir a conta do presidente dos EUA, @potus, sem que tivessem clicado no botão para o fazer.

A Meta emitiu um comunicado, citado pela BBC, em que explica que “este é o mesmo procedimento que adotámos durante a última transição presidencial”, ou seja, que a mudança de presidentes não implica a criação de outra página.

Resumidamente, quem já seguia anteriormente a conta @potus, que é a abreviatura para “President of the United States” (presidente dos Estados Unidos), que era antes de Biden, continua a seguir a conta, ainda que esta seja agora de Trump.

Ao ZAP, chegou um testemunho de uma utilizadora do Instagram que assegura que “sem o querer, estava a seguir as redes sociais de Trump e J.D. Vance”.

No entanto, alguns utilizadores garantem que nunca seguiram a página da presidência, e que estavam, involuntariamente, a segui-la esta semana, aponta o The New York Times.

No entanto, a Meta nega terminantemente que tenha “obrigado” os utilizadores a seguir as páginas. “As pessoas não foram obrigadas a seguir automaticamente nenhuma das contas oficiais do Facebook ou do Instagram do presidente, do vice-presidente ou da primeira-dama”, escreveu Andy Stone, porta-voz da Meta.

Há ainda que assegure que não consegue deixar de seguir as contas. A empresa afirmou que “pode levar algum tempo para que os pedidos de seguir e deixar de seguir sejam processados”.

Há quem conte também que, mesmo que não esteja a seguir as contas, estas lhe aparecem nas sugestões. De acordo com o NYT, esta situação advém do facto de a Meta estar a levar a cabo uma mudança que tem como uma das principais medidas reinserir conteúdos políticos nos feeds das pessoas.

No entanto, a contestação tem sido grade nas redes sociais.

Há ainda quem garanta, conta o NYT, que não conseguia pesquisar, esta semana, tópicos políticos ou publicações que envolvessem a hashtag #democrats (democratas). A Meta assegurou que foi um erro que estava a afetar “não apenas as pessoas de esquerda”, que fez com que os utilizadores não pudessem pesquisar uma série de tópicos .

“Estamos a ter a nossa liberdade condicionada e o espírito critico enviesado por causa de algoritmos e empresas criadas por meia dúzia de indivíduos que, neste caso, decidiram apoiar uma celebridade de TV“, lamentou ao ZAP a mesma utilizadora.

“Isto não é uma ditadura oligárquica em formação?'” questiona outro utilizador no X.

A revista Time recorda que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, estava sentado atrás de Trump na cerimónia de tomada de posse, e que o empresário decidiu doar cerca de 1 milhão de euros para o fundo inaugural do novo presidente.

ZAP //

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