“Absolutamente incrível”: Homem a remar sozinho no Atlântico é rodeado por baleias

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Tom Waddington

Um instrutor de esqui está a atravessar o Oceano Atlântico a remo para angariar fundos para a Mind, a instituição britânica de caridade para a saúde mental dirigida pelo ator Stephen Fry. Algo de extraordinário aconteceu.

Tom Waddington estava a remar sozinho, mas o que não estava à espera era de encontrar um companhia muito especial.

Segundo o NPR, um grupo de baleias-piloto juntou-se à sua volta e, durante horas passaram de alguns animais brincalhões a centenas de grandes criaturas e, pelo menos, uma bateu contra o pequeno barco.

As baleias levantaram a cabeça acima da superfície e pareciam brincar juntas. Enquanto Waddington estava a remar cerca de 2000 milhas náuticas da costa da Terra Nova até Penzance, no Reino Unido, observou o acontecimento espantado.

Isto é tão fixe“, disse Waddington enquanto gravava um vídeo das brincadeiras das baleias. Com uma gargalhada acrescentou que “adoro, mas tenho medo que me batam no leme“.

Waddington saiu ileso, mas um pouco abalado pelos riscos que mamíferos com milhares de quilos podem representar para o seu barco e equipamento numa viagem a solo sem apoio.

“Elas estavam a brincar e a passar por baixo do barco e eu estava a fazer vídeos”, disse, descrevendo centenas de baleias à sua volta. Depois, umas das baleias embateu na lateral do seu barco ligeiro.

“E eu fiquei tipo: oh meu Deus. E, de repente, passou de David Attenborough para Moby Dick. E eu fiquei realmente assustado”.

A equipa de Waddington em terra acredita que os mamíferos brincalhões são baleias-piloto de barbatanas longas, que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica diz serem conhecidas por viverem no Atlântico Norte e “são muito sociais, vivendo em grandes cardumes de centenas de animais separados em grupos unidos de 10 a 20 indivíduos”.

 

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As baleias apareceram num momento em que Waddington diz que não sabia como fazer. Tentou gritar um pouco e fez salpicar os remos. Virou para norte, mas as baleias seguiram-no e, durante mais de duas horas, parecia que continuavam a aparecer mais baleias.

O instrutor de esqui calcula que mais de 1000 baleias nadaram com ele. Para o aconselhar, telefonou ao seu treinador, Charlie Pitcher, que também já atravessou o Atlântico a remo.

Charlie Pitcher disse que “a melhor coisa a fazer é ficar quieto e calado — o que é exatamente o oposto do que eu fiz”.

Por fim, as baleias deixaram o barco e o seu único ocupante com uma história rara sobre a travessia dos Grand Banks, a grande pesca no limite da plataforma continental norte-americana.

“Foi absolutamente incrível“, disse Waddington.

O encontro não prejudicou o barco, nem a sua travessia em mar aberto. Entre ventos e ondas favoráveis , e o que Waddington chamou de “adrenalina alimentada por baleias“, o barco está a fazer bons progressos, acrescentou. Pode seguir a sua viagem online.

E o leitor o que faria se um grupo de baleias quisesse brincar à sua volta?

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

1 Comment

  1. Sem querer fazer grandes confusões, tenho uma ideia que um colectivo de baleias é um “baleal” e não “cardume” pois não se tratam de peixes, apesar de serem animais marinhos. Isso não é estranho porque por exemplo um grupo de golfinhos é uma “escola”.

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