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Baleia mais rara do mundo dá à costa em praia neozelandesa

New Zealand Department of Conservation

Baleia-de-bico deu à costa de uma praia de Otago, na Nova Zelândia

Macho, uma baleia-de-bico de 5 metros de comprimento, é apenas o sexto aparecimento registado da espécie. O seu estado de conservação poderá permitir a primeira dissecação de sempre das bicudas-de-bahamonde.

Uma baleia-bicuda-de-bahamonde (Mesoplodon traversii), conhecida como a espécie de baleia mais rara do mundo, foi recentemente descoberta numa praia de Otago, na Nova Zelândia, naquele que é apenas o sexto aparecimento registado da esquiva criatura.

Os encalhes de mamíferos marinhos são comuns na Nova Zelândia: acontece cerca de 85 vezes por ano. No entanto, este avistamento perto de Taieri Mouth, a 4 de julho, chamou a atenção dos especialistas do Departamento de Conservação (DOC) e do Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa devido à raridade da baleia.

Esta baleia-de-bico é um macho de cinco metros de comprimento. A espécie caracteriza-se por um corpo alongado e esguio, com a cabeça pequena e o bico proeminente. Os machos possuem dentes distintos em forma de pá na mandíbula inferior, utilizados provavelmente em lutas territoriais ou rituais de acasalamento.

As baleias-de-bico são conhecidas pela sua natureza esquiva. Muitas vezes nadam a grande profundidade e a grandes velocidades, com bicos menos visíveis em comparação com outras espécies de baleias.

As baleias-bicudas-de-bahamonde são ainda mais enigmáticas. A confirmação da identidade da baleia através de testes de ADN ainda está pendente, mas se for confirmada, solidifica o significado da descoberta rara.

“As baleias-bicuda-de-bahamonde são uma das espécies de grandes mamíferos mais mal conhecidas dos tempos modernos“, afirmou Gabe Davies, diretor de operações do DOC Coastal Otago, em comunicado. Desde 1800, apenas seis amostras foram documentadas a nível mundial, a maioria das quais provenientes da Nova Zelândia.

Antes de 2010, o conhecimento da espécie limitava-se a restos de esqueletos encontrados na Nova Zelândia e no Chile. Com base nestes restos mortais, os cientistas declararam a baleia-bicuda-de-bahamonde uma nova espécie em 1874.

Os primeiros espécimes intactos, uma mãe e uma cria, foram descobertos em 2010, seguidos de outro em 2017, o que permitiu aos investigadores descrever o padrão de cores da espécie. A cor do corpo varia entre cinzento-escuro e preto, com algumas áreas mais claras no ventre.

A recente descoberta em Otago oferece uma oportunidade única para um estudo mais aprofundado. A frescura do espécime poderá permitir a primeira dissecação de sempre, que poderá dar informações valiosas sobre a sua biologia. Já foram recolhidas amostras para confirmação genética e a baleia foi colocada em câmara frigorífica, a aguardar novas decisões sobre o seu estudo.

ZAP //

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