A nave espacial da SpaceX explode apenas 8,5 minutos após a descolagem — e de uma forma incrível, e ainda sem explicação.
De acordo com o IFL Science, as imagens da queda dos destroços estão a eclipsar as imagens do propulsor a ser apanhado no ar.
O sétimo voo de teste da Starship da SpaceX realizou-se esta sexta-feira, às 00h37 de Portugal Continental, tratando-se de um revés para a empresa espacial privada de Elon Musk.
O foguetão, que é uma componente crucial dos planos para o regresso do Homem à Lua, explodiu após apenas 8,5 minutos de voo, com os destroços capturados a caírem sobre as ilhas Turcas e Caicos, nas Caraíbas.
O lançamento foi inicialmente visto como um sucesso, com base nos resultados progressivos dos voos de teste anteriores. Os braços mecânicos, chamados de Mechazilla, capturaram com sucesso o impulsionador Super Heavy quando este regressava à plataforma de lançamento.
Mas, pouco depois, a Starship sofreu uma rápida desmontagem não programada, o que é linguagem técnica para dizer que explodiu e não se sabe porquê.
A deslumbrante exibição de destroços enquanto ardia na atmosfera intrigou muitos espetadores.
No vídeo partilhado abaixo é possível ouvir alguém a perguntar se “aquilo são estrelas cadentes?”.
Não há registo de vítimas dos destroços, mas há preocupações quanto à proximidade de zonas habitadas e a atrasos nos voos.
A Starship já se despenhou propositadamente no Oceano Índico em voos anteriores, mas a incerteza em torno da reentrada do foguetão e as alterações de última hora no lançamento desta semana levaram a Qantas a atrasar vários voos esta semana, de acordo com a Reuters.
Ao contrário do expectável, Elon Musk não comentou, nem emitiu qualquer declaração na sequência do sucedido.
Espera-se que a Administração Federal de Aviação abra uma investigação, visto que este é o procedimento normal sempre que há um incidente relacionado com um veículo de lançamento espacial.
A SpaceX vê a Starship como o seu futuro, com a sua capacidade de transportar tanto carga como tripulação, bem como fatores ainda por demonstrar, tais como o reabastecimento em órbita, a aterragem vertical e a descolagem sem um impulsionador.
Foi esta conceção que convenceu a NASA a escolher a Starship como veículo de aterragem lunar para as missões Artemis III e IV— agora adiadas.
Em conjunto, a Starship e o Super Heavy são os maiores e mais potentes foguetões alguma vez construídos. No total, formam um foguetão com 122 metros de altura. Para levar os humanos de volta à Lua, a Starship precisa de demonstrar segurança e sucesso contínuos.
“As equipas continuarão a analisar os dados do teste de voo de hoje para compreender melhor a causa principal”, afirmou a SpaceX em comunicado. “Com um teste como este, o sucesso vem do que aprendemos, e o voo de hoje vai ajudar-nos a melhorar a fiabilidade da Starship”.