A Sony e a Stellar Works prevêem um futuro mais centrado no design para a casa inteligente.
A Sony revelou, recentemente, na exposição Staydream, no Festival de Design de Nova Iorque — NYCxDesign, uma coleção de designs de mobiliário, concebida em colaboração com o fabricante de mobiliário Stellar Works.
Segundo a FastCompany, a coleção inclui uma série de artigos para a casa inteligentes subtilmente tecnológicos, como uma divisória de quarto estofada chamada Byobu ou um ecrã de vidro interativo que apresenta um cenário de montanha enevoada que desaparece quando nos aproximamos.
A coleção inclui ainda altifalantes Sony ocultos e um papel de parede “surreal”, com uma projeção de vídeo sobreposta de elementos em movimento que podem ser controlados deslizando, por exemplo, uma caneca numa mesa de café próxima.
De acordo com Hirotaka Tako, diretor do Centro de Design da Sony na Europa, o Staydream baseia-se no Hidden Senses, mas, desta vez, as ofertas estão mais orientadas para o setor da hotelaria, “onde a experiência é tudo”.
Por exemplo, o papel de parede interativo pode embelezar a parede por detrás de uma receção, diz Yuichiro Hori, fundador e diretor executivo da Stellar Works. “Entretanto, as divisórias Byobu, com altifalantes, poderiam ser um excelente complemento para o átrio de um hotel”.
A Sony espera abrir novas vias de negócio e levar mais facilmente as suas ideias do conceito ao mercado. “Queríamos torná-lo mais real, com peças de mobiliário reais que não podemos fabricar”, afirma Tako.
Neste momento, as peças de mobiliário da Stellar Works são protótipos que seriam demasiado caros para serem colocados no mercado, mas dentro de seis meses, a equipa espera baixar o custo e criar produtos que sejam fáceis de transportar e montar.
Em última análise, o objetivo é explorar a interseção entre o físico e o digital e proporcionar às pessoas experiências únicas, permitindo-lhes interagir com os espaços em que se encontram.
Exposição Hidden Senses em 2018
A exposição Hidden Senses, que aconteceu em 2018, durante a Semana de Design de Milão, foi o primeiro passo para a conceção de tecnologia invisível.
A mostra incluía um castiçal que funcionava como interrutor de luz, um objeto semelhante a uma pedra que podia alterar o volume de um altifalante próximo quando movido e uma escultura de um pássaro cuja sombra levantava voo quando o tocava com o dedo.
A exposição proporcionou uma alternativa intrigante ao design da casa inteligente, em que os ecrãs e o painel de instrumentos foram substituídos por tecnologia discreta que se integra na casa.
Os objetos expostos eram conceptuais e serviam apenas para iniciar uma conversa, mas a ideia subjacente — que a tecnologia pode ser incorporada em praticamente tudo — está agora um passo mais perto da realidade.