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A “receita” para a dieta ideal está inscrita nos genes

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Cientistas de vários países, incluindo Portugal, descobriram que os genes dos seres vivos têm inscrita a “receita” para a dieta ideal, capaz de fortalecer os ossos e prolongar a vida.

Num estudo publicado esta terça-feira na revista científica Cell Metabolism, a equipa afirma que as suas descobertas permitirão para já alimentar animais criados para consumo humano, como peixe ou gado, de forma mais saudável e eficaz.

O neurocientista Carlos Ribeiro, da Fundação Champalimaud, afirmou à agência Lusa que as experiências feitas até agora em ratos e moscas, se centraram na quantidade certa de proteínas ingeridas.

Carlos Ribeiro acrescentou que na investigação se analisou o genoma da mosca e do ratinho para descobrir a proporção de cada aminoácido (as 20 moléculas de cada proteína) ideal para a alimentação de cada espécie.

O resultado da “dieta ideal completamente sintética” a que chegaram permitiu-lhes aplicar um regime de aminoácidos que fez com que “os animais crescessem mais depressa, tivessem ossos melhores e não morressem tão cedo”.

A aplicação imediata desta descoberta poderá estar em indústrias como a aquicultura ou a criação de gado, onde “se usam muitos suplementos alimentares” que fazem com que os animais tenham “uma dieta desequilibrada”.

Questionado sobre uma aplicação humana, Carlos Ribeiro afirmou que nesta altura é absolutamente especulativo, mas admitiu que um dos caminhos para a investigação poderá ser a compreensão de como o corpo humano “está otimizado” para funcionar, e as implicações da dieta na evolução de certas doenças.

Outra das investigadoras do centro Champalimaud, Samantha Herbert, afirma que a “gelatina” proteica usada para experimentar a dieta ideal “poderia resultar com qualquer animal” mas duvida que as pessoas estivessem dispostas a comê-la.

“Gosto de ser otimista, por isso, penso que talvez estejamos mais perto do que pensamos de conseguir desenvolver uma dieta ideal, que garanta a boa saúde das pessoas ao longo da sua vida”, ressalvou Samantha Herbert.

ZAP //

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4 Comments

  1. Pena que isto vá servir para alimentar animais para consumo humano em vez de servir para alimentar humanos. A investigadora duvida que as pessoas estivessem dispostas a comer a gelatina proteica? Porquê? As pessoas já comem as maiores porcarias que existem. Esta poderia ser uma boa forma de reduzir a criação de gado e consequentemente proteger o planeta dos efeitos nocivos que isso acarreta.

  2. a ter em conta que os conhecimento da genetica e o seu funcionamento,ainda esta a dar os seus primeiros passos,sabe-se cerca de cinco por cento,faltam ainda os outros 95,daqui a alguns anos se souber algo mais,vai ser um grande balde de agua fria para muita gente ,com certas teorias

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