Marca continua empenhada na transição da abordagem de patchwork integrando software de uma variedade de fornecedores para controlar o núcleo do seu software.
Uma parceria com a Google vai permitir à Mercedes instalar um “supercomputador” em todos os seus carros, com sensores de condução autónoma. Desta forma, a fabricante vai conseguir competir com a Tesla, assim como outros atores chineses recém-chegados ao mercado.
De facto, a luta contra o relógio entre as marcas dominantes para igualar algumas das novidades que a marca de Elon Musk introduziu, combinando os recursos ao nível dos softwares, a autonomia da bateria e a condução autónoma — os quais se desejam que sejam atualizados à distância.
De forma a diminuir os custos iniciais da compra de semi condutores, a Mercedes vai dividir as receitas com a fabricante de semicondutores Nvidia Corp, a qual tem sido sua parceira na tecnologia de condução autónoma desde 2020. “Pagamos apenas por um chip subsidiado e depois descobrimos como maximizar a receita conjunta”, explicou Ola Kaellenius, presidente executivo da empresa, citado pelo site Brasil 247.
No entanto, e à semelhança do que se tem tornado moda no setor automóvel, apenas os clientes que estejam dispostos a pagar pelo pacote opcional extra terão ao seu dispor carros com tecnologia de sensor Lidar, assim como outro tipo de hardware para a condução autónoma de Nível 3.
Segundo a Luminar Technologies Inc., fabricante de sensores autónomos na qual a Mercedes tem uma participação, o acordo multimilionário foi fechado esta semana e prevê a integração dos sensores numa ampla gama de veículos, o que deverá elevar as ações da Luminar em mais de 25%.
Os anúncios aconteceram num dia em que a Mercedes atualizou a sua estratégia de software, através da qual foi possível perceber que a marca continua empenhada na transição da abordagem de patchwork integrando software de uma variedade de fornecedores para controlar o núcleo do seu software e incluir parceiros.
No que respeita à parceria com a Google, esta vai permitir fornecer dados sobre o trânsito, assim como possibilitar o visionamento de vídeos no Youtube no sistema de entretenimento do carro quando este estiver estacionado ou em modo condução autónoma de Nível 3, o qual permite aos condutores tirar os olhos do volante em certas estradas, desde que consiga reassumir o controlo da viatura assim que necessário.
