“Todos nós julgamos”. Foi a partir desta premissa que a The Human Library (A Biblioteca Humana) foi criada na Dinamarca, há 25 anos. Deste então, o conceito de requisitar e ler pessoas espalhou-se por todo o mundo.
A The Human Library foi criada em 2000, na Dinamarca, com o objetivo de combater o preconceito.
Sob o lema Unjudge someone (Desjulgue alguém), o movimento nasceu a partir da premissa de que “todos nós julgamos” – principalmente quem não conhecemos.
Foi vista, então, uma necessidade de ouvir, falar e questionar quem, em condições normais, nunca teríamos oportunidade de ter contacto.
A primeira Biblioteca Humana surgiu no Festival de Roskilde, em Copenhaga, dirigido por Ronni e Dany Abergel, Asma Mouna e Christoffer Erichsen, que trabalhavam na ONG dinamarquesa de jovens Stop Volden (Parem a Violência).
O primeiro evento decorreu durante quatro dias, com oito horas de conversas por dia, e contou com a participação de mais de 1000 pessoas.
25 anos depois, o movimento espalhou-se por todo o mundo (e já com bibliotecas permanentes), sempre com a metáfora: antes de livros, leia pessoas.
A primeira biblioteca humana permanente foi criada em Lismore, na Austrália, em 2006.
N’A Biblioteca Humana, os “livros” voluntariam-se para partilhar histórias de vida, geralmente marcadas por preconceitos, estigmas e experiências únicas.
Os “leitores” podem “requisitá-los” por um determinado tempo e fazer-lhe perguntas naquele que é descrito como um espaço seguro e de respeito.
Desde que foi criada, a The Human Library espalhou-se por mais de 80 países. 25 anos depois, Biblioteca Humana é reconhecida internacionalmente como uma ferramenta de educação, inclusão social e transformação pessoal.