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A arte pode ajudar a salvar a vida marinha. Artista cria recifes de coral em realidade virtual

Colleen Flanigan, uma artista socioecológica, concentra no seu trabalho a beleza extravagante do oceano e a necessidade urgente de o proteger.

Os corais podem ser o primeiro grande ecossistema a extinguir-se, devido à acidificação do oceano e às alterações climáticas. Ciente deste problema, a artista socioecológica Colleen Flanigan concentra no seu trabalho a beleza extravagante do oceano e a necessidade urgente de o proteger.

Aliando esta missão à criatividade, a artista criou Zoe, uma escultura de aço, que vive no fundo do mar em Cozumel, no México, e que se tornou um recife de coral vivo.

De acordo com a CNN, a estrutura subaquática é carregada com uma corrente de baixa voltagem que faz com que os minerais do mar se depositem na sua superfície, formando um substrato natural no qual os corais se podem cimentar.

Com o tempo, Zoe tornou-se um recife de coral funcional. O principal objetivo da estrutura é fornecer um habitat para a biodiversidade ameaçada e envolver a comunidade artística no tema da proteção marinha.

Mas uma só estrutura não satisfez Flanigan, que decidiu desenvolver mais quatro paisagens subaquáticas deste género. Apesar de estarem alojadas no fundo do mar, a artista pinta-as também no mundo virtual, usando a aplicação Tilt Brush, da Google, para “esculpir no espaço”.

Lançada em 2016, a Tilt Brush é uma forma de pintar em 3D. Com um par de óculos de realidade virtual, dois controladores e um computador, a tecnologia permite que os utilizadores entrem numa esfera virtual onde podem ser criados traços de cor em qualquer direção. “O mundo torna-se uma tela em branco onde podemos sonhar, brincar, escapar. É sobre ser-se livre.”

Com a ajuda de James Tunick, do IMC Lab em Nova Iorque, a artista converte os seus modelos de recife de coral para realidade virtual e, através da aplicação, adiciona peixes e corais imaginários para simular a evolução dos habitats vivos.

O caso de amor de Flanigan com a tecnologia começou quando a Google convidou a artista para ser residente do Tilt Brush, em agosto de 2016. Flanigan tornou-se uma artista líder na plataforma, usando-a para uma variedade de peças visuais criativas, incluindo os designs de coral.

“A arte é um catalisador de mudança. Pode-nos ajudar a comunicar com pessoas que não pensam sobre o oceano para que todos possamos começar a dizer ‘agora sei como me vou envolver nesta próxima fase de reconstrução de um futuro sustentável para o nosso planeta'”, rematou a artista.

ZAP //

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