O juiz proibiu o livro de Adolf Hitler de chegar às livrarias do estado do Rio de Janeiro e as editoras que violarem esta decisão arriscam uma coima de cinco mil reais.
Um juiz brasileiro proibiu a publicação do livro “Mein Kampf” no estado do Rio de Janeiro, considerando-o ilegal por incentivar a “práticas intolerantes” contra judeus, avança a Lusa, citada pelo Diário de Notícias.
De acordo com a imprensa brasileira, o juiz Alberto Salomão Júnior proibiu não só a sua comercialização, como exposição e divulgação da obra escrita por Adolf Hitler, acatando assim o pedido do Ministério Público.
As editoras que violarem esta decisão podem arriscar uma multa de 5 mil reais, cerca de 1150 euros, por cada dia que o livro estiver à venda.
Apesar disso, o juiz definiu um período de cinco dias para que as livrarias decidam se querem, ou não, levar esta proibição a recurso antes de se tornar mesmo definitiva.
O juiz considera que o livro cultiva sentimentos de intolerância contra grupos sociais, étnicos e religiosos, dos quais sobressaem principalmente os judeus.
Escrito em 1925, oito anos antes de o líder chegar ao poder, este livro é visto como a ‘bíblia’ de Hitler, ou seja, o manifesto político no qual o ditador expressa a origem das suas ideias antissemitas, racistas e nacional-socialistas.
A obra foi proibida depois da 2ª Guerra Mundial mas, segundo uma sugestão lançada no ano passado pelo Instituto de História Contemporânea de Munique, voltou a ser colocada nas livrarias alemãs.
A ideia rapidamente se estendeu ao resto do mundo e o livro faz agora parte do domínio público, algo que gerou alguma preocupação e discórdia.
A decisão gerou polémica, sobretudo no seio de alguns grupos judeus, por considerarem que obras ligadas ao regime nazi nunca mais deviam ter a oportunidade de serem publicadas.
ZAP