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Corrida à Presidência dos EUA arranca hoje com primárias no Iowa

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Hillary Clinton

Hillary Clinton

Os eleitores do estado norte-americano de Iowa dão esta segunda-feira o pontapé de saída no processo que definirá os candidatos às próximas presidenciais nos EUA, que se reaizam em novembro.

Os primeiros Estados a realizar primárias, Iowa e New Hampshire (a 9 de fevereiro), somam apenas 1,6% da população dos EUA, mas é lá que os pré-candidatos passam grande parte do início da corrida eleitoral.

Os resultados nos dois Estados têm muito impacto no resto da campanha, já que podem enterrar candidaturas e dar grande impulso aos vencedores.

As primárias terminam em junho, quando os políticos escolhidos para representar os partidos Democrata e Republicano passam a disputar entre si.

Encerrada esta fase, os candidatos vitoriosos passam a concentrar esforços nos chamados “Estados-pêndulo”, onde a disputa entre Republicanos e Democratas costuma ser mais equilibrada, deixando de lado Estados marcadamente identificados com um determinado partido.

Para um candidato Democrata, por exemplo, fazer campanha no Oklahoma pode não ser tão vantajoso, já que o Estado costuma dar largas vitórias ao partido rival. Alguns dos principais Estados-pêndulo são Flórida, Virgínia, Colorado e Pensilvânia.

Principais candidatos

Da parte dos Republicanos, os principais candidatos à escolha final do sucessor de Barack Obama são Donald Trump, Ted Cruz e Marco Rubio.

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O milionário americano Donald Trump

O milionário americano Donald Trump

O megaempresário é hoje o candidato preferido de 41% dos Republicanos, segundo a última sondagem da CNN. Entre as principais propostas de Trump, marcadamente nacionalistas, estão construir um muro na fronteira com o México, impedir temporariamente a entrada de muçulmanos e aumentar as taxas sobre os produtos chineses.

Ted Cruz, filho de um pastor evangélico cubano, é senador pelo Texas e conta hoje com 19% das intenções de voto entre os Republicanos. As suas principais bandeiras incluem bombardear as áreas controladas pelos terroristas do Estado Islâmico, acabar com os subsídios federais a planos de saúde e reduzir o IRS.

Marco Rubio, filho de cubanos e senador pela Flórida, tem hoje 8% dos votos entre os eleitores republicanos, e afirma que, se for eleito, aumentará os gastos com defesa, reduzirá os impostos e flexibilizará as leis laborais. De acordo com a BBC, muitos analistas consideram-no o candidato Republicano mais competitivo.

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Bernie Sanders, candidato às primárias do partido Democrata para as eleições presidenciais de 2016 nos EUA

Bernie Sanders, candidato às primárias do partido Democrata para as eleições presidenciais de 2016 nos EUA

Do lado dos Democratas, a corrida tem-se polarizado à volta de Hillary Clinton e Bernie Sanders.

A ex-secretária de Estado e ex-primeira dama tem hoje 52% das intenções de voto entre os eleitores do seu partido. Hillary Clinton apresenta-se como a sucessora natural de Obama, prometendo aumentar os salários da classe trabalhadora, investir em infraestruturas e combater as mortes por armas de fogo.

Bernie Sanders, senador por Vermont que se define como socialista, conta hoje com 38% das preferências dos eleitores democratas. Sanders tem, entre as suas principais bandeiras, aumentar o controlo sobre os bancos, universalizar o sistema de saúde e reduzir a influência política de lobistas e grandes doadores.

Primárias vs caucuses

Os Estados adotam dois sistemas distintos para escolher os seus candidatos nesta fase das eleições: as primárias e os caucuses (convenções partidárias).

No modelo das primárias, adotado por 40 dos 50 Estados, os partidos Democrata e Republicano realizam votações secretas para escolher os candidatos.

Em alguns Estados, as primárias de cada partido se restringem aos militantes; noutros, são abertas a todos os eleitores – modelo seguido pelo Partido Socialista nas eleições que deram a António Costa a liderança do partido, em setembro de 2014.

Num Estado que opte pelo caucus, os eleitores manifestam-se publicamente sobre as suas preferências, levantando as mãos ou dividindo-se em grupos.

Regra geral, só os militantes podem participar da escolha.

ZAP / BBC

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