A nova proposta pretende aliciar médicos reformados a voltar ao Serviço Nacional de Saúde para compensar a falta de profissionais nos últimos anos.
Os médicos reformados vão poder acumular a pensão e um novo salário caso voltem a trabalhar para o Serviço Nacional de Saúde, avança esta segunda-feira o Diário de Notícias.
A proposta, que está a ser trabalhada em conjunto pelos Ministérios da Saúde e das Finanças, tem como objetivo atenuar a falta de profissionais, sobretudo na área da medicina familiar.
A Ordem dos Médicos mostra-se satisfeita com esta medida e acredita que assim muitos profissionais vão regressar ao ativo, algo que não tem acontecido nos últimos anos por apenas lhes ser pago até um terço do total que recebiam de pensão.
De acordo com dados fornecidos ao DN, nos últimos cinco anos 1299 médicos se reformaram em Portugal e, só em 2015, saíram do ativo 905 médicos porque emigraram ou porque se reformaram.
A solução que está em cima da mesa consiste na criação de uma bolsa de horas, cujo pagamento pode ir até ao máximo de um salário, e que será acumulado com a pensão que já recebem.
Desde o Governo de José Sócrates, com a ministra Ana Jorge ao comando da pasta da Saúde, que é possível regressar ao SNS com um contrato de três anos.
No entanto, os médicos só podiam receber a pensão e um terço do salário ou a solução oposta, algo que nunca foi suficiente para atrair profissionais. Aliás, nos últimos cinco anos, apenas 300 médicos regressaram.
Em declarações ao mesmo jornal, o bastonário da Ordem dos Médicos concorda plenamente com esta nova proposta.
“Não pode ser de outra forma. A reforma é um direito e quem volta tem as mesmas responsabilidades, por isso, deve receber o mesmo”, diz José Manuel Silva.
ZAP