A morte de David Bowie continua a comover o mundo e entre as homenagens que aparecem de todo o lado surge também a revelação de que o cantor sofreu seis ataques cardíacos, nos últimos anos.
Uma revelação feita pela biógrafa Wendy Leigh, que lançou um livro sobre a vida do cantor em 2014.
“Fisicamente, ele não lutava só contra o cancro, como se não fosse suficiente, ele teve seis ataques cardíacos nos anos recentes”. Soube disto através de alguém muito próximo dele”, conta Wendy Leigh na BBC, conforme cita o jornal Independent.
O director de teatro, Ivo van Hove, que dirigiu o musical “Lazarus”, baseado nas músicas de Bowie, revelou entretanto que o artista morreu de cancro do fígado, dado que a família ainda não confirmou.
Vários amigos do músico divulgaram também que receberam cartas ou pequenas notas de agradecimento de Bowie, pouco antes de ele ter falecido. Um gesto que só agora entendem ter sido uma forma de despedida.
Pelo mundo inteiro sucedem-se as homenagens ao cantor, como aquela que lhe foi dedicada no bairro londrino de Brixton, onde o cantor nasceu e onde centenas de pessoas se juntaram na rua para recordar a sua música.
A homenagem de Mick Jagger
Mick Jagger aproveitou o Twitter para notar o seu lamento pelo desaparecimento do amigo, realçando que “David sempre foi uma inspiração” e “um verdadeiro original”, “maravilhosamente despudorado no seu trabalho”.
“Vivemos muitos bons momentos juntos. Ele era meu amigo, nunca o esquecerei”, escreve ainda o cantor dos Rolling Stones que terá mantido um caso amoroso com Bowie quando ambos eram jovens.
Petição a Deus
Uma jovem italiana engendrou uma forma bem original de homenagear Bowie, lançando uma petição na Internet onde pede a Deus para anular a morte do artista.
“Diz não à morte de David Bowie“, escreve Andrea Natella, justificando que o cantor “não pode estar morto”.
A petição já vai em mais de mil assinaturas.
Noutra petição, Daniel Churchill apela a que se mude o nome do planeta Marte para David Bowie, contando já com mais de 600 assinaturas.
E entre esta forma bem disposta de homenagear David Bowie, há também relatos de consternação e desnorte, como foi o caso de um jovem japonês que foi detido no meio da rua quando estaria a tentar suicidar-se, enquanto chorava a morte do artista.
A morte como obra de arte
O álbum “Blackstar”, o último de David Bowie, lançado dois dias antes da sua morte, já chegou ao primeiro lugar do top de vendas no Reino Unido.
Foi “o seu presente de despedida” para os fãs, conforme nota o produtor e amigo de Bowie, Tony Visconti, salientando que “a sua morte não foi diferente da sua vida – uma obra de arte”.
Em “Lazarus”, um dos dois videoclips de “Blackstar”, David Bowie canta “Olha para cima, estou no céu / Tenho cicatrizes que não podem ser vistas” enquanto o vemos a perder a batalha com a morte.
SV, ZAP
Isso é das maiores parvoíces que já ouvi.
Aposto contra quem quiser em como o David Bowie nunca vai ressuscitar. Ouvi dizer que lá no Céu é como cá na Assembleia da República: perdem as petições.
Podem sempre ir atrás dele….