Um militante do Estado Islâmico executou a própria mãe perante centenas de pessoas, porque a vítima queria deixar Raqqa, a cidade que é considerada a capital do grupo terrorista.
Ali Saqr, de 21 anos, assassinou a mãe, Lena al-Qasem, de 45 anos, à saída do posto de correios onde trabalhava, à frente de centenas de pessoas.
A execução foi ordenada pelos lideres do Estado Islâmico, depois de a mãe ter dito ao filho para fugir com ela de Raqqa, porque os ataques da coligação militar internacional iriam “varrer totalmente” o grupo terrorista.
O jihadista terá revelado às chefias do Estado Islâmico o pedido e estas ordenaram-lhe que executasse pessoalmente a própria mãe.
O caso foi denunciado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização não governamental britânica, e pelo grupo activista Raqqa is Being Slaughtered Silently, revela a BBC.
Em Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico desde que foi capturada pelos terroristas em 2013, os assassinatos públicos de residentes têm aumentado perante o crescer dos bombardeamentos internacionais.
As condições de vida para os locais têm piorado dramaticamente com o Estado Islâmico a ser cada vez mais rigoroso, nomeadamente em termos daquilo que mulheres e homens vestem na rua – o mais pequeno detalhe pode resultar na morte.
Há também um crescente aumento de preços, nomeadamente nos produtos alimentares, e há falta de medicamentos.
ZAP