O doente com AVC teve de ser transferido para Coimbra depois de o Hospital de São José, em Lisboa, ter alegadamente recusado receber o paciente.
O Centro Hospitalar do Algarve vai abrir esta segunda-feira um inquérito à atuação desta unidade hospitalar, depois de um idoso que sofreu um AVC ter sido transportado para Coimbra, onde acabou por falecer na noite de domingo.
De acordo com Pedro Nunes, o presidente do conselho de administração do CHA, ouvido pela Renascença, tudo decorreu dentro da normalidade e as normas de transferência de doentes foram cumpridas.
“Pela análise prévia, as coisas correram dentro da normalidade”, garante o médico. Faro não tem um serviço de neurorradiologia de intervenção, portanto, “quando há um doente que possa beneficiar deste método, o hospital assinala e o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) é que avalia para onde é que o doente vai”.
O responsável confessa que foi “apanhado de surpresa por esta notícia”, uma vez que estava de férias, mas assegurou que vai inteirar-se de tudo o que se passou com o doente, de 74 anos, que se encontrava em coma e com prognóstico reservado.
O paciente foi transportado para uma unidade hospitalar em Coimbra, depois de alegadamente ter sido recusada a sua entrada no hospital de São José, em Lisboa, uma informação que Pedro Nunes ainda não confirma.
O responsável diz não saber ainda para qual dos dois hospitais de Lisboa terá sido feito o pedido de transferência mas explica que, na capital, “só o Santa Maria e o São José é que têm capacidade para o fazer”.
Caso se venha a confirmar que o São José rejeitou o doente, este pode ser mais um motivo para levar à descrença da unidade hospitalar, sobretudo depois do incidente da semana passada.
O hospital fez correr muita tinta depois de ter sido tornado público o caso de David Duarte, o jovem de 29 anos que faleceu à espera para ser operado a um aneurisma por não haver médicos.
ZAP
