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Alibaba luta contra a fama de paraíso das imitações baratas

Thomas Lombard / Wikimedia

Sede do grupo Alibaba, em Hangzhou

Sede do grupo Alibaba, em Hangzhou

O ano de 2016 vai ser um desafio para o grupo Alibaba. A empresa luta para conseguir limpar a sua imagem de paraíso das imitações baratas e das mercadorias não autorizadas.

Jack Ma, presidente do Alibaba, disse mesmo que os produtos falsificados são um “cancro” no site Taobao, um bazar parecido com o eBay, onde compradores e vendedores se encontram.

O presidente do grupo Alibaba não teve um ano de 2015 propriamente fácil, já que mais de 50 mil milhões de dólares foram eliminados do valor de mercado devido a processos judiciais e críticas das entidades reguladoras da China e dos EUA, avança a Bloomberg, num trabalho de Lulu Yilun Chen.

(Re)conquistar a confiança dos comerciantes e consumidores no exterior é particularmente importante para Ma, já que é nestes mercados que o Alibaba quer obter mais de metade da receita da companhia dentro de dez anos.

A intenção que ganha mais particular relevância quando assistimos a uma notória desaceleração da economia chinesa.

Mas esta luta não é apenas do Alibaba. Os produtos falsificados e questionáveis são um grave problema com o qual a China se debate, onde a pirataria é desenfreada e há imitações de todo tipo de coisas.

Mas, enfatiza a Bloomberg, com o tempo, a crescente classe média do país vai procurar bens de melhor qualidade, o que obrigará a Alibaba a endireitar os seus negócios.

Basicamente a Alibaba ganha dinheiro com o Taobao através da receita obtida com publicidade, e comerciantes externos colocam os mais variados produtos à venda, como brinquedos, alimentos e equipamentos médicos.

Como os bens não estão nas mãos da Alibaba, é mais difícil verificar se eles são originais, diz Lulu Yilun Chen no trabalho que desenvolveu para a Bloomberg.

A companhia trabalha com mais de duas mil pessoas pessoas que monitorizam fraudes e que acabaram por remover 90 milhões de ofertas de produtos antes da abertura de capital da empresa, em 2014.

Os proprietários de marcas registadas podem utilizar um formulário virtual de queixa para denunciar infrações; os acusados de vender fraudes têm três dias para refutar as alegações com provas ou a oferta será retirada, de acordo com o site da Alibaba.

Apesar de ser o maior operador da China, a Alibaba é muito dependente do mercado doméstico, que gera mais de 80% da sua receita.

B!T

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