O FC Porto, que ‘arriscou’ no terreno do Chelsea um sistema sem ponta-de-lança e com três centrais, saiu da Liga dos Campeões de futebol após duas derrotas consecutivas, hoje por 2-0, apesar do início prometedor no Grupo G.
Reza a História que este foi o 17.º jogo sem ganhar em Inglaterra em provas oficiais, sendo que este último foi diante de uma equipa, treinada pelo português José Mourinho, que entendeu ‘refazer-se’ de exibições e resultados menos conseguidos precisamente frente aos ‘dragões’.
O Chelsea, que acabou por vencer o grupo, seguido pelos ucranianos do Dinamo de Kiev, não sentiu grandes dificuldades para contrariar as necessidades pontuais da equipa de Lopetegui, técnico que ousou apostar na ausência de um ponta-de-lança do ‘onze’, deixando no banco Aboubakar, o melhor marcador da equipa na prova, com três golos.
Para investir num sistema com que nunca tinha jogado na presente temporada, Julen Lopetegui abdicou do ponta-de-lança e apostou numa equipa com três centrais, permitindo taticamente que os laterais se balançassem mais na ofensiva quando o FC Porto tinha a bola, e apenas com Brahimi e Corona como jogadores mais avançados.
Um pouco contra a corrente, já que os ‘dragões’ estavam em modo de ataque continuado, o Chelsea inaugurou o marcador aos 12 minutos, com um autogolo de Marcano, em quem a bola ressaltou depois de Casillas ter defendido um remate de Diego Costa, que seguia isolado para a baliza.
O infortúnio portista no lance teve igualmente como protagonista o central Maicon, que ainda tentou evitar o golo, mas já tirou a bola depois de esta estar dentro da baliza.
Até ao intervalo, imperaram as individualidades do Chelsea, nomeadamente o belga Hazard e os brasileiros Willian e Oscar, que souberam segurar o fio de jogo e, ao mesmo tempo, tentar servir o dianteiro Diego Costa.
Ao invés, os portistas reagiram de forma muito nervosa ao golo sofrido e não voltaram a apoderar-se do meio-terreno contrário, com Brahimi e Corona a terem de procurar jogo muito atrás, razão pela qual a estratégia de Mourinho foi sendo suficiente para suster as investidas do emblema pelo qual foi campeão europeu, em 2004.
Sem qualquer alteração ao intervalo, os portistas sofreram novo golo, aos 52 minutos, após entrada fulgurante de Willian pelo lado direito da área, de onde ‘disparou’ sem hipóteses para Casillas.
Lopetegui ‘mexeu’ aos 56 minutos, fazendo sair o ‘amarelado’ Maxi Pereira e o médio Imbula, por troca com Aboubakar e Rúben Neves, mas só aos 64 o FC Porto levou o perigo ao reduto de Courtois, graças a um remate de Brahimi, mas a bola saiu para canto, desviada por uma defesa.
Para os últimos 20 minutos, Lopetegui apostou em Tello, que substituiu o médio Herrera, passando Corona para o miolo do terreno, e o extremo espanhol quase fazia o golo, aos 78 minutos, mas Courtois opôs-se com sucesso.
Com o controlo dos acontecimentos, o Chelsea voltou a estar perto de marcar, por intermédio de Hazard, que enviou uma bola ao poste, a 10 minutos do final.
De forma mais ou menos desgarrada, os portistas iam tentando marcar e Brahimi esteve perto de o conseguir, já com três minutos além do tempo regulamentar, mas o remate em arco saiu a centímetros do alvo.
O FC Porto não acabou o jogo eliminado, mas, pouco depois, suou o apito final na Ucrânia, onde o Dinamo de Kiev bateu o Maccabi por 1-0, o único resultado que não servia aos ‘dragões’, que, assim, caíram para a Liga Europa.