O economista Vítor Bento estimou hoje que dentro de três a cinco anos nenhum dos grandes bancos portugueses será nacional e sublinhou que não conhece nenhuma economia desenvolvida na qual o sistema bancário esteja nas mãos de estrangeiros.
“Eu neste momento estimo que nos próximos três a cinco anos nenhum dos grandes bancos portugueses é nacional”, afirmou Vítor Bento, alertando para que essa situação reflete as “consequências estratégicas das opções macroeconómicas que vão condicionar o futuro do país” e a sua capacidade de desenvolvimento.
O economista e conselheiro de Estado falava durante a conferência “Futuro, que reformas”, que juntou no mesmo painel João César das Neves e Murteira Nabo e que hoje abriu o segundo dia do Fórum Empresarial do Algarve, que decorre até domingo num hotel em Vilamoura sob o tema “2020, Portugal e o mundo”.
Enquanto não se perceber “as consequências que as más políticas económicas têm, vamos alienando o nosso futuro e daqui por uns anos temos aqui uma economia completamente subsidiária onde os centros de decisão do país estão fora do país, pelo menos os económicos”, diz Vítor Bento.
O economista – que foi o último presidente do BES e o primeiro do Novo Banco -, recordou os casos do BES, PT, Fidelidade, Cimpor, ANA, EDP e REN para ilustrar que Portugal perdeu o controlo nacional de várias empresas, mas que ainda não se percebeu “que isto é uma consequência da política macroeconómica”.
O também economista João César das Neves aproveitou a ocasião para estabelecer uma ligação para o campo político, sugerindo quer vai haver uma compra do nosso modelo político pelo estrangeiro, referindo que é o que acontece na Grécia, onde qualquer partido que suba ao poder, quem governará realmente será a Europa.
“Parece-me que o mais provável que nós teremos é uma cooptação do nosso modelo de negócio pela Europa, que depois vai mandar aqui com todos os problemas horríveis que isso tem”, afirmou.
Questionado pelos jornalistas à margem da sessão, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), António Saraiva, considerou que seria “desastroso” para o país se a estimativa de Vítor Bento, de o país deixar praticamente de ter bancos nacionais, se se confirmar.
“Se aqueles que podem alimentar a economia não o fizerem eficazmente e dependermos de terceiros, até em termos geopolíticos isso terá seguramente desafios para os quais não estamos devidamente preparados”, referiu António Saraiva.
/Lusa
Ainda ninguém percebeu que o resto do Portugal que ainda somos, daqui a cinco anos já não existe?
A sua existencia está hoje dependente de tudo e de todos lá fora.
Cá dentro brinca-se aos politicos e aos partidos, a quem cada um cabe a maior parte,
A palavra Nação deixou de ser referência e é verdade. Coisa de nacionalismos associados a socialismos foi coisa de má memória.
Discutem-se regimes transitórios e fazem-se feriados politicos , mas não se ouvem feriado comemorativo da Fundação .
Êsse só foi assinalado em 1940, com a Exposição do Mundo Português, em que o trole dos carros eléctricos
transitavam nas ruas de Lisboa com Bandeira azul e branca da nacionalidade.
Portugal, fundado por D. Afonso Henriques, consolidado por D. João II, afirmado pelo poder real do Estado pelo Marquez de Pombal, recuperado por Salazar , escolhido pelos militares de então, com a sua morte ,
Portugal terminou a sua Independencia. E não são só nos banco…..Sr. Professor Vitor Bento…
MAS DEVERIAMOS ESTAR TODOS CONTENTES , PORQUE SE OUVE CANTAR A INTERNACIONAL SOCIALISTA,
Afinal bem fez a Islandia em não entrar no euro,a economia a subir pois puderam baixar o valor da moeda e mais lixaram os próprios bancos e bolsa no país e afinal estão a crescer sem precisar da Europa
Viva o capitalismo selvagem!!
«ANTES MORRER LIVRES DO QUE EM PAZ SUJEITOS»