Volkswagen recusa compensar clientes europeus

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O grupo Volkswagen não está a equacionar indemnizar os clientes europeus que compraram carros com software fraudulento, ao contrário do que vai fazer nos EUA e no Canadá.

A notícia é avançada pelo Automotive News que cita um porta-voz do grupo que refere que “a compensação financeira será oferecida exclusivamente aos clientes nos EUA e Canadá“.

“A VW acredita que os consumidores europeus serão menos incomodados pelo escândalo porque os planos para uma chamada alargada dos carros afectados estarão em breve terminados. Nos EUA, as discussões com as autoridades sobre a solução proposta estão numa fase menos avançada”, acrescenta a publicação.

O grupo alega também que na Europa os carros ‘Clean Diesel’ (gasóleo limpo) são mais comuns, constituindo mais de metade dos carros vendidos, enquanto que nos EUA e Canadá são adquiridos por nichos da população.

Assim, o chamado “cartão oferta” da VW no valor de 1000 dólares (cerca de 940 euros) destinar-se-á apenas a norte-americanos e canadianos, conforme evidencia o Automotive News.

A publicação atesta ainda o avultado custo que a compensação dos consumidores europeus exigiria ao grupo germânico – contando os cerca de 1000 euros do “cartão oferta” e os 8,5 milhões de veículos envolvidos, a VW teria que gastar oito mil milhões de euros em indemnizações.

Já nos EUA, onde existem 482 mil casos fraudulentos detectados, os custos ficam-se pelos 453 milhões de euros.

Em Portugal, serão 125 mil os automóveis afectados pela fraude.

ZAP

8 Comments

  1. Pois é nos tribunais americanos a coisa pia fina quando envolve grandes empresas. Por cá os tribunais tocam mais ao sabor dos famosos “mercados”.

  2. Na Europa quem manda é a Alemanha e por isso a VW tem as costas quentes para fazer o que quiser … vá lá, parece que vão reparar a vigarice que fizeram sem custos adicionais para os proprietários das viaturas afetadas.
    Estou curioso é que efeitos secundários esta correcção de software terá em termos de consumo e de “resposta” do motor!

  3. Sem dúvida, Raúl. O facto de ser uma empresa alemã, para mais tão importante, é garantia de que nunca haverá qualquer acção a nível europeu que a prejudique. Fosse portuguesa, espanhola, ou, sobretudo, grega, a coisa piaria de outra forma…

  4. A solução, segundo consta, é que a intervenção nos automóveis “afetados”, para além da remoção do software fraudulento, as correções mecânicas ao motor implicará uma redução significativa na sua potência. Se assim for, como é que se compensa quem ficará com gato por lebre e pagou durante anos o IUC com base na cilindrada do motor?
    Isto não pode ficar assim: se há milhões para acudir a bancos e auxílios a uma empresa que pratica fraudes num país que se diz mais civilizado, produtivo e trabalhador do que os outros, eu considero-me, não um lesado do BES, mas sim um lesado da Alemanha, da VW, da Audi e da Seat.
    Quem paga a desvalorização dos veículos manchados por esta fraude? O comprador? Nem pensar! Nem que vá ao tribunal europeu…

    • mas a cilindrada do motor vai ser a mesma.. apenas vão reduzir os cavalos e binário (potência). e pelos vistos, como afinal o carro poliu mais do que era anunciado, andaram a pagar menos IUC do que realmente deveriam, pois ficaram num escalão inferior.

  5. Lucilia para eles o que mais intereca e que o nosso dinheiro já lá canta e o resto são só cantigas diz:

    Para eles o que interessa e que o nosso dinheiro já lá canta e o resto são só cantigas

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