Uma investigação realizada nos EUA concluiu que as mulheres se sentem pressionadas a assumir a educação dos filhos e as obrigações do lar para que os maridos se possam dedicar à sua profissão.
Muitas mulheres colocam as suas próprias carreiras em segundo plano, não para criar os filhos, mas para beneficiar a carreira do seu marido ou companheiro.
Esta é a conclusão de Pamela Stone, professora de Sociologia do Hunter College, em Nova Iorque, revelada em entrevista ao jornal espanhol El País esta terça-feira.
Stone é uma das autoras de um estudo, no qual foram entrevistados 25 mil ex-alunos e ex-alunas da Harvard Business School, com idades entre 26 e 47 anos, com o objetivo de analisar as aspirações profissionais de homens e mulheres que foram preparados para posições de liderança no mercado de trabalho.
Segundo Stone, as mulheres participantes no estudo sentiam-se pressionadas pelos seus parceiros, pelas instituições onde trabalham e pela sociedade como um todo, a assumir a educação dos filhos e as obrigações do lar, para que os seus companheiros possam se dedicar à carreira.
Como resultado, as mulheres mostraram-se mais insatisfeitas com as suas trajectórias profissionais do que os homens.
Os dados recolhidos pela investigadora mostraram que 60% dos homens estavam “extremamente satisfeitos” com as suas experiências profissionais e oportunidades de promoção, face aos 40% de mulheres que descreveram sentir o mesmo.
Dos homens que participaram da pesquisa, 83% eram casados.
De acordo com dados da Fortune, as mulheres ocupam actualmente menos de 20% dos cargos de responsabilidade nas 500 empresas mais importantes do mundo.
Além disso, a Organização Internacional do Trabalho divulgou, em março, um relatório segundo o qual que não haverá igualdade salarial entre os sexos até 2085.
O estudo de Pamela Stone revelou ainda que 75% dos homens esperava que, no futuro, as suas companheiras assumissem a maior parte da responsabilidade de criar os filhos, e 50% das mulheres respondeu que esta seria de facto sua função.
Entre os homens entrevistados, 70% considerava que as suas carreiras deviam ter prioridade sobre a das suas esposas – e cerca de 40% das mulheres concordaram com esta afirmação.
Para Pamela Stone, a “culpa” é da própria sociedade. A investigadora acredita que as mulheres devem conversar com os seus parceiros para poderem desenvolver a carreira e sentirem-se mais satisfeitas profissionalmente.
“Os casais jovens que estão a pensar em criar um projecto de vida juntos deveriam ter uma conversa sobre quais são as pretensões profissionais e pessoais de cada um”, diz Stone.
“É muito importante escolher uma pessoa que respeite os nossos desejos”, conclui a investigadora.
ZAP / BdF
Uma investigação realizada nos EUA concluiu que as mulheres se sentem pressionadas a assumir a educação dos filhos e as obrigações do lar para que os maridos se possam dedicar à sua profissão.
Pena que em Portugal não pode ser assim pois por cá se a mulher não trabalhar o casal fica em maus lençóis para pagar as simples despesas do mês.
Pena é a sua ignorância!..