Morreu este domingo, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o realizador José Fonseca e Costa. O cineasta tinha 82 anos de idade, e foi vítima de pneumonia.
Nascido em Angola a 27 de junho de 1933, José Fonseca e Costa mudou-se para Lisboa em 1945. Em 1951 entraria no curso de Direito da Universidade de Coimbra, mas acabaria por trocá-lo para se dedicar à sétima arte.
O seu percurso profissional tem início Itália, nos anos 60, num estágio com Michelangelo Antonioni no filme “L’ Eclisse” (“O Eclipse”). Sócio-fundador do Centro Português de Cinema, foi um dos pioneiros do movimento do Novo Cinema em Portugal.
O início da sua importante carreira fica marcado pelo seu segundo filme de ficção, “Os Demónios de Alcácer Kibir”, realizado em 1975, que foi seleccionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes – sendo o primeiro filme português a entrar nesta competição.
“Kilas, o Mau da Fita” (1981) é o seu filme mais famoso. Revelou-se um sucesso em termos de público, sendo considerado pelo realizador como o “maior êxito do cinema português”.
Obteve igualmente sucesso com “Cinco Dias, Cinco Noites”, em 1996, uma longa-metragem que “por lapso” não chegou a Hollywood.
Fonseca e Costa realizou 13 filmes e diz que “não fiz mais porque não me deixaram”. A sua carreira fica marcada por filmes como “O Recado” (1972), “Cinco Dias, Cinco Noites” (1996) e pelas as muitas curtas-metragens e documentários que produziu.
Era irmão da atriz Cucha Carvalheiro e tio-avô da apresentadora Carolina Patrocínio.
ZAP / Move
