Um antigo bancário de Lousada, que agora se dedica à agricultura, desenvolveu uma aplicação informática, sem custos para o utilizador, destinada à promoção e venda de produtos biológicos.
O projeto chama-se “sachar.pt” e está disponível com produtos de cerca de 40 pequenos agricultores da região que se registaram na aplicação.
O conceito desta “rede social de agricultores” é simples: quem quiser regista-se na plataforma, gratuitamente, e pode colocar, para além dos seus contactos, fotografias e características dos produtos que pretende divulgar e vender.
A aplicação tem um motor de busca que permite indicar os produtores mais próximos da região onde se encontra o potencial interessado.
A partir daí, os clientes contactam diretamente o produtor e realizam o negócio, que pode ser uma aquisição ou permuta, sem quaisquer intermediários.
Pedro Mariano, o autor do projeto, sublinha que a plataforma, para além de não ter custos para os utilizadores, é muito fácil de utilizar e tem permitido aproximar os produtores dos clientes e vice-versa.
“Pretendemos mudar a forma de comercializar no setor agrícola, potenciando e apoiando os verdadeiros motores desta economia, que são os agricultores e os produtores”, explicou.
O projeto começou em 2010 quando, por motivos de saúde, Pedro Mariano, agora com 39 anos, foi aconselhado a deixar o setor bancário.
Como era proprietário de uma parcela de terreno, com cerca de 1.200 metros quadrados, em Boim, Lousada, dedicou-se à agricultura biológica, sobretudo cultivo de frutos.
Em parceira com duas pessoas que conhece e que têm conhecimentos informáticos, avançou para o desenvolvimento da aplicação, como forma de promover os seus produtos.
Mais tarde, decidiu melhorá-la e abri-la à participação de todos, sem custos.
“Estamos perante uma plataforma que pode ser usada em qualquer parte do mundo através de um computador ou um telefone”, reforçou.
A plataforma, salientou, propõe-se ajudar os agricultores a definir as melhores práticas agrícolas no modo biológico, para além da componente dos negócios.
“Com este projeto, pretendemos um mundo mais justo e solidário para todos, construído por todos. Aqui todos têm a mesma oportunidade”, disse, aludindo às vantagens retiradas por agricultores e consumidores.
E então, quem quer alhos?
ZAP / Lusa
Parabéns! Haja alguém que faça alguma coisa pelos agricultores portugueses.
Entenda-se que o ciclo inicia e fecha-se com as cooperativas e o fim dos hipermercados e do comércio tradicional vai lançar para a rua milhares e milhares de novos agricultores e pescadores, sendo que no final cada um vai ter a sua própria aplicação sem necessidade de qualquer plataforma “intermediária” – O mundo não é perfeito portanto não o compliquem ainda mais.
Adorei saber está notícia aliás e meu vizinho sem saber…