Talibãs atacam prisão e libertam centenas de prisioneiros no Afeganistão

1

EPA / NAWEED HAQJOO

Soldados do exército afegão depois do ataque à prisão de Ghazni por militantes talibãs

Soldados do exército afegão depois do ataque à prisão de Ghazni por militantes talibãs

Um comando talibã atacou na madrugada desta segunda-feira uma prisão no leste do Afeganistão, na província de Ghazni, e libertou centenas de prisioneiros, informaram as autoridades.

“Por volta das 02:30 seis rebeldes talibãs vestidos com uniformes militares atacaram a prisão de Ghazni. Primeiro fizeram explodir um carro armadilhado em frente ao portão, depois lançaram uma granada antitanque RPG e, de seguida, invadiram a prisão”, disse à AFP o vice-governador da província Mohammad Ali Ahmadi.

De acordo com o vice-governador, depois de terem ultrapassado os guardas da prisão, os rebeldes invadiram a prisão, permitindo a fuga de 352 prisioneiros, sendo que quase 150 eram militantes do movimento talibã.

Já o Ministério do Interior do Afeganistão estima que o ataque à prisão poderá ter resultado na fuga de até 400 presos, sendo que 80 foram já recapturados.

O ataque resultou na morte de quatro polícias afegãos e de três rebeldes. Outros sete polícias ficaram feridos.

Um dos porta-vozes dos talibãs, Zabihullah Mujahid, já confirmou a responsabilidade dos rebeldes.

“Esta operação, que foi um sucesso, teve início às duas da manhã e prolongou-se durante várias horas. A prisão ficou sob controlo talibã”, afirmou Muhahid, citado pelo Daily Mail.

“Nesta operação, 400 homens inocentes foram libertados e levados para áreas que estão sob controlo dos mujahedines”, acrescentou.

A NATO terminou a missão no Afeganistão em dezembro de 2014, embora uma força de 13 000 elementos permaneça no local para operações de formação e de luta contra o terrorismo.

No início de setembro, o presidente do Afeganistão Ashraf Ghani implorou por mais apoio internacional, afirmando que o país enfrenta uma série de desafios económicos e de segurança.

ZAP / Lusa

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.