Companhia indonésia cujo avião se despenhou está proibida de voar na Europa

Barbara Walton / EPA

Avião ATR 42 da Trigana Air desaparecido na Indonésia

A companhia aérea indonésia Trigana Air Service, proprietária do avião que este domingo se despenhou numa montanha na província indonésia da Papua, está na “lista negra” da União Europeia desde 2007.

A presença na lista negra de companhias banidas impede a companhia indonésia de operar qualquer voo no espaço aéreo dos 28 países da União Europeia.

A lista é constituída por companhias que levantam preocupações acerca de questões de segurança, ou sobre aspectos de carácter regulatório no âmbito da legislação dos seus países de origem.

Desde 1991, ano em que começou a operar, foram registados 14 incidentes graves com aviões da companhia. Neste período, segundo o jornal neo-zelandês Stuff, a empresa perdeu 10 aviões.

Segundo a base de dados da airfleets.net, a companhia tinha em actividade 14 aeronaves – 4 jactos Boeing 737 de carreira e 10 aviões ATR 42-300 iguais ao que este domingo desapareceu.

De acordo com a base de dados, a idade média dos aviões em actividade é de 26.6 anos. O site deu entretanto baixa do avião desaparecido.

A Indonésia tem um registo duvidoso no que diz respeito a segurança na aviação.

O ano passado, ocorreram dois acidentes graves com aviões de companhias indonésias, incluindo o acidente da AirAsia, no qual morreram 162 pessoas.

No acidente deste domingo perderam a vida 44 adultos, 5 crianças e 5 membros da tripulação, num total de 54 pessoas.

O ATR 42 da companhia Trigana Air perdeu o contacto um pouco antes das 07:00 em Lisboa, depois de descolar do aeroporto regional de Sentani, que serve a localidade de Jayapura, na província de Papua, no sudeste da Indonésia.

Os destroços da aeronave foram mais tarde encontrados por residentes locais, segundo os quais o avião se despenhou contra uma montanha.

ZAP