O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, envolveu-se esta segunda-feira numa troca acesa de tweets com Phillippe Legrain, economista britânico e antigo conselheiro de Durão Barroso.
A discussão começou quando Maçães partilhou um artigo do Wall Street Journal, usando-o como prova de que os países europeus em crise “já deixaram os problemas para trás”.
Yet another piece on how eurozone crisis countries have left their troubles behind. Risks becoming a platitude http://t.co/9IHau5U4ws
— Bruno Maçães (@MacaesBruno) 3 agosto 2015
Phillippe Legrain – que lançou no ano passado uma obra onde defende uma “Primavera Europeia” e explica por que razão a economia e a política que se faz na Europa têm de ser mudadas – respondeu garantindo que a “economia de Portugal está 7,5% mais pequena que há sete anos“. “É a isso que se refere quando diz que já deixaram os seus problemas para trás?”, questiona.
Em resposta, Maçães garante que as previsões de Legrain estão erradas e que “Portugal está a crescer sem dívida pela primeira vez em 40 anos”, ao que o economista e comentador da BBC responde que “Portugal está num buraco terrível”. “Crescimento fraco, dívida sufocante, elevado desemprego, emigração em massa“, argumenta.
Mas o secretário de Estado não se deixou convencer: “Está errado. A ideologia está a cegá-lo para os fatos. Acredito que a maioria das pessoas prefira olhar para fatos”.
“Acabei de lhe dar os fatos. Ou vai rejeitar os dados do Produto Interno Bruto de Portugal?”, responde, por sua vez, Legrain. “Como disse anteriormente, é impossível debater se as pessoas ficam exaltadas se fica provado que estão erradas”, rematou Maçães, terminando a conversa com o economista, que afirma ter-se “rido com a sua falta de argumentos” e classificou a conversa como “surreal“.
.@MacaesBruno I love it. You haven’t presented a single fact. I’m laughing at your lack of arguments :-)) — Philippe Legrain (@plegrain) 3 agosto 2015
Não é a primeira vez que Maçães se envolve numa discussão económica na rede social. Há duas semanas, o secretário de Estado português, descontente com os dados incluídos num artigo do Wall Street Journal sobre Portugal, decidiu abordar a jornalista responsável pelo artigo pelo Twitter, numa discussão que acabou por envolver o editor do jornal em Bruxelas e outra jornalista.
O secretário de Estado, de 40 anos, é um académico licenciado em Portugal e doutorado nos EUA. Foi assessor de Pedro Passos Coelho e foi nomeado secretário de Estado dos Assuntos Europeus há dois anos.
ZAP
Saberá o senhor, dito académico, o que é ter uma aduela a menos?
…Se for do lado oposto à das dobradiças está mais próxima de ser porta de vai-e-vem!!! Tipo Dr. José M.Júdice desvinculado do PSD em 2006, em 2007, mandatário da candidatura do António Costa pelo Partido Socialista à Camara de Lisboa e no ano seguinte (2008) garantia à TSF que só assumia a liderança da sociedade ‘Frente Tejo’ (empresa criada para a recuperação urbanística entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia), apenas por “teimosia do primeiro-ministro” José Sócrates e ontem por dotes de “futurólogo” afirmava que o “Caso BES ainda poderá custar muito dinheiro aos contribuintes”(!?!)
Depois de um resgate e ajustamento imposto a 3 anos aquilo é “cegueira” por ideologia trabalhista-socialista!
Não gozem mais com o Maçães … é de louvar o esforço do PSD para preencher quotas de lugares no governo com pessoas portadoras de deficièncias. Neste caso, síndrome de Down !
Mesmo depois do acordo ortográfico facto continua a escrever-se como facto na grafia portuguesa ( o ‘c’ não é mudo).
Começa a ser recorrente a deturpação dos factos, dos numeros reais, em prol de um governo que teima que está a fazer um bom trabalho! Esta lamechice de teorias à la carte que servem somente para enganar os mais desatentos, já nao cola.