Investigadores da Universidade de Colonia, na Alemanha, afirmam ter treinado abelhas para identificar odores de heroína e cocaína.
Os cientistas descobriram que as abelhas Apis mellifera respondiam de forma específica, com a vibração de suas antenas, a concentrações de drogas como heroína e cocaína, e afirmam que os insetos podem, eventualmente, substituir os cães farejadores nos aeroportos, já que seriam “menores, menos caros, mais fáceis e rápidos de serem treinados”.
“Testamos a capacidade das abelhas de aprenderem o aroma da heroína e treinamo-las para que mostrassem uma resposta comportamental confiável na presença de um odor altamente diluído de heroína pura”, lê-se no estudo, divulgado na publicação científica online PLoS ONE.
Segundo os investigadores, no entanto, não houve uma reação significativa das abelhas ao odor da canábis e de anfetaminas.
As antenas dos insetos são os órgãos mais sensíveis já descobertos para a deteção de moléculas voláteis, de acordo com o estudo, e seriam “mais sensíveis que o melhor dos sensores artificiais”.
Assim, estes animais poderiam ser usados como biossensores para tipos diferentes de odores e aplicados na deteção de doenças, contaminação alimentar, resíduos explosivos e drogas. Contudo, os especialistas advertem que mais estudos são necessários para assegurar a fiabilidade deste método.
O estudo afirma ainda que a capacidade de percepção dos animais varia de acordo com a espécie. As baratas, por exemplo, reagiram à presença de anfetaminas e cafeína.
Desta maneira, a pesquisa sugere uma “plataforma de deteção de drogas baseadas em insetos” com o uso de diferentes espécies.
ZAP / BBC