Alguns países ricos podem “viver com as suas dívidas” e devem evitar medidas nefastas para reembolsar antecipadamente os credores, indica um estudo divulgado hoje por peritos do Fundo Monetário Internacional (FMI), excluindo Portugal dos que estão nesta situação.
Para esta conclusão, os economistas baseiam-se num indicador de margem orçamental, onde Chipre, Grécia, Itália e Japão surgem com margem zero e “fortes riscos” associados ao peso da dívida pública, surgindo Portugal logo a seguir a estes quatro países.
Segundo os autores do estudo, citado pela AFP, estes países devem concentrar-se em formas de evitar o endividamento.
Os países da “zona verde” orçamental, liderados pela Noruega, são aconselhados a evitar políticas drásticas para redução da dívida.
“O custo das medidas que visam reduzir a dívida é suscetível de ultrapassar os benefícios de ter uma dívida mais baixa em termos de seguro contra crises”, referem os autores deste estudo, que foi validado pelo economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, mas não representa a posição oficial da instituição.
Os países mais ricos devem “viver com as suas dívidas” e deixar que o peso destas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) decline à medida que o crescimento aumenta, evitando medidas como a imposição de impostos ou cortes na despesa, sugerem os autores.
/Lusa