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Reformou-se antecipadamente, consultou o ChatGPT, e perdeu a maior parte da pensão

Um trabalhador espanhol que decidiu reformar-se antecipadamente perdeu parte significativa da sua pensão depois de consultar o ChatGPT para obter conselhos sobre como fazê-lo. Em vez de 800 euros por mês, vai receber 200. “Saiu-lhe caro para toda a vida”.

Seguir à risca os conselhos financeiros de uma Inteligência Artificial acabou por sair muito caro a um espanhol, que ficou com uma pensão de reforma mínima para o resto da vida.

Segundo o El Confidencial, um erro no planeamento da reforma deixou um trabalhador com uma pensão muito abaixo do esperado, depois de ter confiado nas respostas do ChatGPT.

O homem, que procurava aposentar-se antecipadamente, fez os cálculos com base em informação incorreta, o que lhe custou perder para sempre uma parte significativa dos rendimentos.

O caso aconteceu a um cliente de Nacho, advogado especializado em direito laboral e criador de conteúdos, que o relatou num vídeo publicado no TikTok. “O ChatGPT saiu-lhe caríssimo para toda a vida a um dos meus clientes”.

Segundo explica o advogado, o cliente perguntou à ferramenta de inteligência artificial quanto receberia de pensão e seguiu as indicações sem confirmar os dados com um profissional.

@laboral_tips Ojo con chatgpt! Puede ser una herramienta útil , pero no es fiable ! #ia #chatgpt #jornada #trabajo #derechos ♬ sonido original – Un Tío Legal

O advogado contou ainda que o chatbot do ChatGPT chegou a citar uma alegada “cláusula quadragésima sétima” de uma lei para justificar o cálculo, cláusula essa que simplesmente não existia.

O cliente acreditava que teria direito a cerca de 800 euros de pensão, caso se reformasse antecipadamente, mas a decisão oficial fixou o valor em apenas 200 euros mensais. “No fim, vai reformar-se e, dos 800 euros… Sabem quanto ficou? Duzentos. Duzentos euros para toda a vida”, sublinhou Nacho.

O especialista alerta que este não é um caso isolado. Noutra ocasião, ao colocar ao ChatGPT dúvidas sobre prazos num despedimento, a ferramenta deu informação errada relativamente à suspensão dos termos após a conciliação.

“É uma ferramenta que ajuda, mas que em muitos casos não é fiável”, reforça o advogado, acrescentando: “recorre sempre a um profissional e, sobretudo, não te deixes enganar”.

ZAP //

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