Chovem aranhas na Austrália e há uma explicação científica

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Chuva de Aranhas na Austrália

Chuva de Aranhas na Austrália

Uma chuva de aranhas! Foi o que aconteceu em Goulburn, na Nova Gales do Sul, Austrália, por estes dias, num fenómeno que, mais do que sobrenatural, tem uma explicação perfeitamente científica.

Esta localidade australiana acordou estupefacta com milhares de aranhas bebés a caírem do céu e a deixarem as suas densas e imensas teias de aranha a cobrirem campos, árvores e casas. Um fenómeno muito raro que originou notícias por todo o mundo, belas fotografias e que não espanta os conhecedores do mundo dos aracnídeos.

Trata-se de um processo de migração conhecido como “balonismo” e que é geralmente usado pelas aranhas mais jovens.

“O que acontece é que, durante uma época particular do ano, geralmente em Maio e Agosto, as aranhas jovens atiram as suas teias para o ar e usam-nas como pára-quedas para se levantarem do chão e se moverem em grandes colónias pelo céu”, explica o reformado Keith Basterfield, em declarações divulgadas pelo jornal local Goulburn Post.

Notando que é “quase como se estivesse a nevar”, este mesmo reformado refere que é preciso que haja uma conjugação meteorológica invulgar para estas alturas do ano, com os raios de sol a aparecerem após a chuva, para que o fenómeno se verifique.

Um residente em Goulburn, Ian Watson, conta ao jornal australiano Sydney Morning Herald que a sua casa parecia ter sido “abandonada e tomada por aranhas”.

“Estava tudo coberto com estas pequenas aranhas pretas e quando olhei para o sol foi como se um túnel de teias subisse um bom par de metros para o céu”, diz ainda, notando que foi muito bonito, mas simultaneamente “aborrecido”, porque “não se podia sair sem ficar com teias de aranha” agarradas à roupa e à barba.

O naturalista Martyn Robinson, do Museu Australiano, explica no Sydney Morning Herald que já foram encontradas aranhas a viajar deste modo inusitado, pelo ar, a cerca de três km acima do chão.

“Elas podem literalmente viajar durante quilómetros – e é por isso que todos os continentes têm aranhas. Até na Antárctica elas aparecem regularmente, mas morrem. E é também por isso que os primeiros animais terrestres a chegar a novas ilhas formadas por actividade vulcânica são, normalmente, as aranhas”, frisa Martyn Robinson.

SV, ZAP

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