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Movimentações do Movimento Armilar Lusitano não devem ser desvalorizadas. “Não há fascismo sem violência política”.
Na semana passada, seis membros do Movimento Armilar Lusitano (MAL) foram detidos. São suspeitos de crimes de terrorismo, discriminação e incitamento ao ódio e à violência, e detenção de arma proibida.
Estariam a criar uma milícia armada, que visava uma “alteração violenta do Estado de direito”. O movimento teria nos planos uma invasão à Assembleia da República e queria mesmo derrubar o regime democrático, acrescenta a RTP.
João Miguel Tavares acha que estes grupos não devem ser desvalorizados: “Convém ter algum cuidado em não desvalorizar estas coisas”.
“Nós vivemos em tempos politicamente radicalizados; e, em tempos politicamente radicalizados, muitas vezes eles produzem violência política. Aqui e em todo o lado. É bom que estes senhores sejam vigiados, é bom que a polícia esteja em cima disso”, acrescentou o comentador político.
No mesmo programa da SIC Notícias, Pedro Mexia tem noção de que estes episódios podem parecer “bizarros” mas é preciso “levar a sério”.
“É bom que tenha sido levado a sério. Na Alemanha já houve um plano muito elaborado de ataque à Bundestag, que envolvia figuras importantes da sociedade alemã”, recordou.
Pedro Mexia salientou um aspecto: “Não há fascismo sem violência política. A violência, as milícias, os ataques, fazem parte do fascismo desde sempre. Isto não é uma calúnia, isto está teorizado!”, avisou.
“Por isso é que, para eles, o Parlamento é uma palhaçada. Porque são só pessoas a falar!”, reforçou, antes de finalizar: “Está bonito, está”.