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Aviões dos EUA nas Lajes: Portugal autorizou, Governo explica procedimento

António Araújo / Lusa

Aviões de reabastecimento dos EUA na Base Aérea das Lajes

PS falou sobre um movimento que “não é comum” mas Ministério da Defesa assegura que foi um procedimento normal.

Na sexta-feira passada, 12 aviões reabastecedores da Força Aérea dos EUA estiveram na Base das Lajes, nos Açores. Isto horas antes do ataque dos EUA ao Irão.

Parte da oposição pediu esclarecimentos, o PS queria saber se o Governo sabia desta movimentação que “não é comum”, segundo o deputado socialista Francisco César, que também lidera o PS/Açores.

O Ministério da Defesa Nacional confirmou neste domingo a presença dos 12 aviões reabastecedores dos EUA , indicando que o pedido das autoridades norte-americanas foi feito na quarta-feira e que se tratou de um “procedimento habitual”.

Em comunicado, o Ministério da Defesa explica: “No passado dia 18 de junho, [quarta-feira] os EUA solicitaram, através de nota diplomática, autorização para 12 aviões reabastecedores utilizarem a Base das Lajes, a qual foi concedida”.

“Nessa notificação, é referido que a missão das aeronaves é apoiar a Força Naval norte-americana no Atlântico”, acrescenta o ministério na mesma nota informativa.

A tutela liderada por Nuno Melo assegura que “este é um procedimento habitual” e sublinha que “ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA a utilização da Base das Lajes para o estacionamento ou trânsito de aviões militares está sujeito a autorização prévia do Estado português” e que o país “concede autorizações específicas, trimestrais ou permanentes de sobrevoo e aterragem, não apenas aos EUA, mas a muito outros países”.

Com base nestas autorizações, “o estacionamento de aeronaves militares é normalmente notificado com 72 horas de antecedência ou com antecedência mais curta, devido à imprevisibilidade de algumas missões”, explica o ministério.

O Ministério da Defesa Nacional refere ainda que os aviões que se encontram nos Açores são “aviões de reabastecimento aéreo”, não se tratando de meios aéreos ofensivos.

O Governo esclarece ainda que “não passam meios de combate norte-americanos pela Base das Lajes há mais de um mês” e que para além deste pedido, emitido, “pelas vias regulares e adequadas, não houve mais nenhum contacto por parte das autoridades dos EUA”.

Fontes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA) não quiseram comentar se a presença destas aeronaves estava relacionada com a situação no Médio Oriente.

ZAP // Lusa

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