Candidata do PS estima que a medida custe à Câmara 30 milhões de euros por ano. Antes dos preços, deve-se pensar na oferta.
Alexandra Leitão vai propor que todas as pessoas que vivem em Lisboa (no concelho) tenham direito a transportes públicos gratuitos.
Essa oferta já é grátis para jovens até aos 23 anos e para pessoas que tenham mais de 65 anos. Mas a candidata do PS à presidência da Câmara Municipal de Lisboa quer o passe navegante municipal gratuito para todos – esse título permite circular apenas dentro de um concelho.
A ideia é fomentar uma “mobilidade mais sustentável”, explicou Alexandra Leitão à rádio Renascença. É uma medida de “justiça social”, acrescenta.
A candidata do PS lembrou que o sector dos transportes é responsável por “um quarto de todas as emissões totais de gases com efeitos de estufa, sendo que o carro privado pesa mais de metade nestas emissões”.
Alexandra Leitão prevê que esta medida tenha um impacto de cerca de 30 milhões de euros por ano à Câmara Municipal de Lisboa – que iria pagar indemnizações à Carris, à CP, à Metro de Lisboa e à Fertagus.
A candidata a ser sucessora de Carlos Moedas defende também a criação de mais paragens de autocarro e “com mais conforto” – até porque algumas das paragens “nem sequer protegem totalmente quem espera pelo autocarro”.
Deve-se ainda apostar numa “frota melhor e com mais reforço da oferta e fiabilidade do serviço, o que passa também, por exemplo, por mais corredores bus”.
E o resto?
Este último ponto é precisamente o centro da questão. E não o preço, segundo o especialista em infraestruturas de transportes, Carlos Oliveira Cruz.
Também na rádio Renascença, Carlos admitiu que Alexandra Leitão fez “um diagnóstico correto, mas com propostas e soluções erradas”.
Porque o principal obstáculo à utilização de transportes públicos “não é o preço – é de facto a disponibilidade, a regularidade e a rapidez do sistema de transportes públicos”.
O investigador do Instituto Superior Técnico (IST) lembrou que a mensalidade – de 30 euros – não deve ser um grande obstáculo “até porque na cidade de Lisboa o rendimento médio, per capita, é dos mais elevados do país”.
As maiores queixas são sobre falta de informação e falhas no horário, falta de regularidade.
“É aqui que se deviam centrar as medidas: como é que podemos tornar o sistema de transportes mais rápido, mais eficaz e mais regular. É preferível aumentar a oferta”, resumiu.
Esta se quiser ganhar tem que meter os muhammad, abdul, bulakes, ali, nasir,…todos com CC Português, oferecido pelo ps1 a votar. Em Lisbonne são aos milhares. Nas juntas de Lisboa como o Beato, São Vicente, Santa Maria Maior, e outas, é ver os cadernos eleitorais, é só rir (ou chorar), mas que grande multiculturalidade. E aí o Ps1 ganha sempre, são os primos…