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O “spam” foi criado por um fiambre e pelos Monty Python

Anon a mouse Lee / Wikimedia

Spiced Ham, o antecessor do Spam (1936)

Sending and Posting Advertisement in Mass. Era comida, era comédia. Com o passar dos anos, deixou de ser ambas.

Chega através de publicidade, partilhas, malware, phishing, fraudes e golpes.

Chegava sempre através do computador, sobretudo pelo e-mail. Mas nos últimos anos o telemóvel passou a ser outro alvo, com telefonemas e mensagens constantes, seja por SMS ou por WhatsApp – e nunca solicitadas.

Spam é mesmo isso: envio massivo de mensagens indesejadas. O termo inglês significa Sending and Posting Advertisement in Mass – ou “Enviar e Publicar Publicidade em Massa”.

Costuma querer promover produtos, serviços, conteúdos ou links, de preferência para o maior número de pessoas possível. Mas é feito de uma forma invasiva e indesejada, resume a e-goi.

A origem é um fiambre. E é também uma expressão inglesa: “Spiced Ham”. A comida enlatada da Hormel Foods surgiu pouco antes da II Guerra Mundial e tornou-se um sucesso um pouco por todo o mundo precisamente durante o conflito. Era mais prática, mais acessível.

Rapidamente mudou de nome e Spiced Ham tornou-se Spam (na comida).

Mas um fiambre passou a ser algo incomodativo… com base no quê?

Com base nos Monty Python. O lendário grupo de comédia apresentou uma cena em que os clientes perguntam à dona do restaurante o que tem – e na resposta o “spam” aparece em todas as possibilidades. Todas as comidas disponíveis tinham spam, o spam estava na ementa toda. Até origina uma música cantada por vikings na mesma cena.

Na verdade era uma alusão ao período pós-II Guerra Mundial: pouca comida, carne enlatada por todo o lado.

Agora não é a carne que está por todo o lado. É outro spam.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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