Dieselgate: quatro ex-executivos da Volkswagen condenados. Sabiam do esquema

Tribunal alemão diz que os arguidos tinham conhecimento dos milhões de casos de manipulação de dados de emissões de motores a gasóleo.

O Tribunal de Braunschweig condenou nesta segunda-feira dois ex-executivos da Volkswagen a prisão efetiva por fraude, no âmbito do escândalo de manipulação de dados de emissões de motores diesel; e outros dois a penas a cumprir em liberdade condicional.

Em causa, o processo que ficou conhecido como “dieselgate”: manipulação era feita através de um mecanismo ilegal que fazia com que os dados de emissões nos testes de oficina fossem muito inferiores às emissões efetivamente produzidas pelos carros na estrada.

As manipulações foram descobertas em 2015 pelas autoridades norte-americanas e, no total, o grupo Volkswagen teve de pagar mais de 30.000 milhões de euros em indemnizações.

Na altura, a Volkswagen admitiu ter falsificado as emissões de gases poluentes em milhões dos seus carros. A empresa alemã declarou-se culpada na Justiça.

O antigo diretor de Desenvolvimento de Motores do construtor automóvel alemão, Jens Hadler, foi agora condenado a 4,5 anos de prisão, enquanto outro quadro superior, Hanno Jelden, foi condenado a dois anos e sete meses.

Um antigo membro do Conselho de Administração do grupo Volkswagen, Heinz-Jakob Neusser, foi condenado a um ano e três meses, pena que foi comutada por liberdade condicional.

Já um outro executivo, que não foi identificado, foi condenado a um ano e 10 meses, igualmente comutáveis.

O tribunal considerou provado que os arguidos tinham conhecimento dos milhões de casos de manipulação de dados de emissões de motores a gasóleo.

Ainda em 2017, já se avançava que tinham morrido quase 38 mil pessoas, em 2015, por causa desse esquema.

ZAP // Lusa

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