Manuel de Almeida / LUSA

André Ventura com Marcelo Rebelo de Sousa
“Hoje é menos provável que me candidate do que há um mês”, admitiu o líder do Chega, que é candidato à presidência da República.
Antes de aparecer o assunto Spinumviva, que acabaram em eleições legislativas realizadas no domingo passado, já se falava (e muito) sobre eleições presidenciais.
Gouveia e Melo era o nome omnipresente. Mesmo ainda antes de anunciar a sua candidatura – algo que entretanto já confirmou, na semana passada. Marques Mendes é o nome do PSD na corrida à presidência da República.
Depois, pairavam no ar vários nomes e entre eles, mais uma vez, o de André Ventura. O presidente do Chega, que já foi candidato a Belém em 2021, seria o nome mais forte – e quase único – do seu partido para essas eleições presidenciais.
Aliás, já em Janeiro deste ano, Ventura informou os outros deputados do Chega que era candidato à presidência da República.
Ventura seria um provável candidato a passar à segunda volta, eventualmente contra Gouveia e Melo. E seria arriscado prever o vencedor, nesse cenário. André Ventura “arriscava-se” a ser o novo presidente da República.
Mas apareceram as legislativas. E o Chega subiu. Agora são 58 deputados e agora Ventura vê mais do que nunca que está a crescer, que há cada vez mais portugueses a quererem que o deputado seja primeiro-ministro.
Ou seja: André Ventura vai deixar de ser o novo homem forte da oposição, na sua corrida a primeiro-ministro, para tentar ser presidente da República? Vai deixar a Assembleia da República nesta fase?
Provavelmente, não: “Perante o voto de confiança que os portugueses me deram para ser primeiro-ministro – ainda não o consegui, mas deram-me um voto de confiança para ser primeiro-ministro“, diz agora Ventura.
Nesta entrevista à TVI/CNN, o deputado assumiu que as eleições presidenciais, agora, estão mais longe do seu percurso: “Hoje é menos provável que me candidate do que há um mês“.
A sua resposta concreta fica para mais tarde. Para já, a sua prioridade é tornar-se “líder da oposição”. As presidenciais serão uma questão para ser analisada “com os órgãos do partido”.