Ventura celebra, mas avisa: “Ainda não viram nada”

5

Luís Forra / Lusa

André Ventura, líder do Chega

André Ventura considerou que o Chega teve uma “grande noite” eleitoral, este domingo, tornando-se o “segundo maior partido em Portugal”. Ainda assim, o líder do partido de extrema-direita avisa que o partido “ainda não venceu”.

“Que grande noite tivemos…”, começou por dizer André Ventura.

O Chega termina esta noite eleitoral com o melhor resultado da história, com o mesmo número de deputados eleitos do que o PS. Isto, ficando ainda a faltar a contagem dos círculos da Europa e Fora da Europa, que no ano passado foi mais favorável ao Chega do que aos socialistas. A repetir-se o mesmo resultado, o Chega será mesmo a segunda força política em Portugal – como vaticinou Ventura, no seu discurso, ao final da noite.

“Nós não sabemos ainda o resultado final. Porém, com as indicações que temos até ao momento, eu acho que podemos assegurar ao país algo que nunca aconteceu desde o dia 25 de abril de 1974… o Chega tornou-se, nesta eleições, o segundo maior partido de Portugal”, afirmou.

Referenciando os partidos que há 10 anos formavam a Geringonça, André Ventura afirmou tê-los derrotado: “O Chega superou o partido de Mário Soares. O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal. O Chega varreu o Bloco de Esquerda com uma pinta, que nunca se tinha visto em Portugal”.

Dirigindo-se a Pedro Nuno Santos, que apresentou a demissão após este resultado eleitoral, Ventura disse que “eles [socialistas] ainda não viram nada”, ao mesmo tempo que os apoiantes cantavam “chora Pedro”.

“Fim do bipartidarismo em Portugal”

Esta noite, à semelhança do que aconteceu nas legislativas do ano passado, em que o Chega foi a terceira maior força política, ao eleger 50 deputados, Ventura também cantou o “fim do bipartidarismo em Portugal”.

“Fizemos o que nunca nenhum partido tinha feito em Portugal. Hoje podemos afirmar com toda a certeza e confiança que acabou o bipartidarismo em Portugal (…) Somos agora os líderes da oposição“, afirmou.

Ainda assim, Ventura considerou que o Chega não venceu estas eleições. “Fizemos o que mais ninguém tinha feito… mas ainda não vencemos…”, perspetivando que o partido só parará na governação.

Ventura deixou também uma promessa aos portugueses que lhe confiaram o voto: “Eu quero dizer aqui que vamos exigir contas a todos que destruíram Portugal (…) Hoje ajustámos contas com a história (…) quero dizer a milhares de famílias que hoje se podem sentir orgulhosos com o ajuste de contas que fizemos”, anunciou, prometendo continuidade.

“Sei que hoje nos jornais e televisões deste país há uma azia muito grande (…) Porém, apesar de tudo o que fizeram contra nós, eu quero dizer dizer que nós não vencemos contra ninguém nem vamos contra ninguém… vencemos pelos portugueses e é por eles que vamos trabalhar”, afirmou, debaixo de aplausos e cânticos.

Miguel Esteves, ZAP //

5 Comments

  1. O Partido Chega consegue aumentar a sua votação não só graças aos votos dos Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação para votarem e substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção (https://www.dn.pt/2647201781/brasileiros-em-portugal-mobilizam-se-para-eleicoes-legislativas/), mas também devido aos votos obtidos no Alentejo (onde tem muita força) e Algarve, zonas onde o Partido Socialista e o Partido Comunista Português tinham domínio o que demonstra que votantes do PS e PCP estão a mudar o seu voto para o Partido Chega tendo em conta o enfraquecimento dos dois primeiros e dos quais dependem.
    O Partido Chega tem razão quando afirma «…que acabou o bipartidarismo em Portugal…», agora temos o dr. Pedro Coelho e o seu bando distribuído por dois, uma parte representada pelo Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, a outra representada pelo Partido Chega, são os dois o mesmo mas distribuídos por dois partidos com nomes diferentes para dar a falsa ideia de que existe diferenças e oposição, num cenário que só é possível graças ao Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, que tratou de tudo para que isto se concretizasse.
    Portugal acaba de cair oficialmente no abismo, mas este estado de coisas pode levar a que novos partidos sejam criados, porque terá de haver uma verdadeira oposição.

    3
    3
  2. O voto da nossa vergonha., foi o que aconteceu ontem. Como ~e que um bando de trambiqueiros consegue iludir tanta gente.?

    2
    1
    • Resta saber quem é que anda iludido…. Quando a Meloni ganhou também houve os mesmos comentários e pasme-se Itália ainda existe e a democracia também.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.