Gouveia e Melo está arrependido de ter anunciado candidatura

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João Relvas / LUSA

Gouveia e Melo

O Almirante Gouveia e Melo anunciou a candidatura à Presidência da República esta quarta-feira, em plena campanha para as legislativas de domingo, mas está arrependido. Considera que não avaliou as reações ao anúncio.

Esta quarta-feira, Gouveia e Melo desfez o tabu e anunciou, esta terça-feira, pela primeira vez, que se vai candidatar ao cargo de Presidente da República.

Começou mal. Aquele que era o segredo mais mal guardado na política portuguesa foi desvendado num mau timing, quando o foco está nas eleições legislativas de domingo. O Almirante não escapou às críticas.

Mediu mal. Esta sexta-feira, o Expresso adianta que Gouveia e Melo arrependeu-se de ter feito o anúncio de candidatura durante a campanha para as legislativas.

Segundo fonte da candidatura, ao semanário, o Almirante na reserva não previu as reações negativas nem o ruído causado pela revelação e terá ficado arrependido, logo na quarta-feira, pela entrevista à rádio Renascença.

O candidato a Belém terá admitido aos próximos um “erro de cálculo”. Gouveia e Melo julgou que se tratava de uma informação neutra para o debate — sem que pudesse ser lida como uma interferência ou criação de ruído na campanha das legislativas.

Na entrevista à Renascença, Gouveia e Melo justificou este timing com o envio dos convites para a cerimónia oficial de anúncio formal da candidatura, no dia 29 de maio.

“Eu tento não influenciar em eleições que têm a ver com os partidos políticos. No entanto, o tempo para o anúncio da minha candidatura começa a ser curto, porque preciso de enviar convites para a cerimónia”, justificou o Almirante.

Em abril, em entrevista ao Diário de Notícias (DN), tinha dito que só assumiria a candidatura depois das legislativas, para deixar os portugueses pensarem sobre “as diferentes propostas para a futura governação do país”. Afinal, foi antes.

No passado, Gouveia e Melo dizia que não tinha intenções de entrar no mundo da política, afastando repetidamente essa ideia e sublinhando que era militar. O agora candidato presidencial chegou mesmo a pedir que lhe dessem uma “corda para se enforcar” se caísse nessa tentação.

Miguel Esteves, ZAP //

9 Comments

  1. qual “timing errado” qual que????? aqui só mostra que ele não é mesmo politico….e que o que faz nada tem a ver com politiquices que desde há 50 anos vêm a ser criadas! Parabéns almirante…não se arrependa…o caminho é em frente!!!!

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  2. Como qualquer militar. Este vai ser mais um que não vai dar confiança a mal vestido, vai achar que tem sempre razão. Ser militar….percebe de guerra. Nós precisamos é de paz. Além disso é um homem com uma presença muito forte e esbelta, como tal não deve ser muito inteligente.

  3. Outro pantomineiro que andou meses a dizer que não era candidato, que não tinha jeito para a politica, que a politica não precisa de militares, que lhe dessem uma forca se alguma vez se candidatasse, bla bla bla. E agora anuncia a candidatura em véspera de eleições e a seguir arrepende-se.
    O mais engraçado disto tudo é já saber que a carneirada vai toda votar neste aldrabão lançado pela maçonaria.
    Fechem este esgoto a céu aberto chamado país…

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    • Este almirante de meia-tigela, Gouveia e Melo, é mais um fantoche da engrenagem podre que há décadas domina este país. Passou meses a negar, a chorar que ‘não era político’, a fazer-se de humilde servidor da pátria – só para agora, em cima da hora, cair de paraquedas como candidato. Típico jogo de bastidores, tramado entre as panelas da maçonaria e os salões dos boys do sistema! E o pior? Sabemos que a manada de cordeiros amestrados vai aplaudir o ‘herói da pandemia’, como se um PowerPoint bem feito e uns discursos de teleprompter apagassem a arrogância militaróide e a falta de vergonha na cara. É sempre o mesmo circo: um país de tachos, onde os ‘salvadores da pátria’ aparecem por magia quando o poder cheira a oportunidade.
      Portugal não precisa de mais um farsante fardado, lançado pela máfia de sempre para perpetuar o status quo. Precisa é de uma vassourada nos palácios da corrupção – começando por mandar este e outros aldrabões para a reforma antecipada… no lixo da história, onde já deviam estar.”

  4. Este senhor deveria mas é ir gozar a reforma e não se meter em politiquices. Conselho de amigo. Ninguém lhe agradece e só vai sobrar para ele.

  5. Nunca se arrepender do que se faz , mas sim do que se deveria ter feito e não se fez ! ….. en termos de incidência de Voto , no meu caso é nula , sei o que devo fazer e como Votar !

  6. Farto de ditadores, primeiro chicote aos infelizes que vacinavam até em horas extras sem receber, depois mão justiceira em cima dos matinheiros que se negaram ir de bote até ao super navio russo… preparem-se, se este personagem fica como presidente, lá vêm os engravatafos acordarem-nos às 4 da manhã.

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