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Fátima: quando colocaram… dinamite na Capelinha das Aparições

ZAP

Escultura da Virgem Maria na Capelinha das Aparições, Fátima

A dinamitação da capelinha ocorreu cinco anos depois das aparições na Cova da Iria. Não se sabe quem foi.

Não é o local mais vistoso no actual Santuário de Fátima, mas a Capelinha das Aparições é o centro deste local mítico. É a origem de tudo, é o “coração” do Santuário.

Agora é difícil imaginar, mas a Cova da Iria era “só monte”, praticamente. Verdes, monte, árvores. Até que, em 1917, tudo mudou.

A aparição de Maria originou uma pressão enorme: os fiéis queriam uma capela precisamente naquele local, no sítio onde as crianças Lúcia, Francisco e Jacinta contavam que tinham visto Nossa Senhora. Cinco vezes.

Aliás, lembra o site do Santuário de Fátima, foi mesmo Nossa Senhora que deixou a indicação para ser construída, ali, uma capela em sua honra.

Não foi no imediato, mas a Capelinha das Aparições foi mesmo construída, em 1919. O povo financiou, deu esmolas, doou dinheiro. O povo construiu a Capelinha das Aparições.

Ali, junto à famosa azinheira, Maria dos Santos Carreira – ou “Maria da Capelinha” – foi a zeladora e tesoureira desde o primeiro momento.

Mas Maria (nome curioso) não estaria à espera do que aconteceu na madrugada de 6 de Março de 2022: alguém colocou dinamite na Capelinha das Aparições.

Sim, um atentado à bomba. Naquele local que passou a ser sagrado.

Salvaram-se as paredes e a imagem de Nossa Senhora – que estava precisamente em casa de Maria dos Santos Carreira.

Não se sabe quem foi. Ainda hoje não se sabe quem foram os autores daquela explosão, que destruiu o telhado quase na totalidade. Suspeita-se que tenha sido um grupo da maçonaria, mas sem certezas.

Este atentado à bomba – que até originou o jornal Voz da Fátima – não matou a capelinha.

O local foi restaurado e reinaugurado no início do ano seguinte, no dia 13 de Janeiro de 1923.

Ao longo das décadas, claro que foi havendo actualizações (como o famoso alpendre), mas a Capelinha das Aparições mantém os traços originais e característicos de uma ermida popular.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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