Os gatos não são estranhos a características anatómicas peculiares. Têm uma pequena bolsa estranha nas laterais das orelhas e grandes bolsas flácidas que pendem da barriga – mas será que estas bolsas são adornadas com um umbigo?
Segundo o IFL Science, pode ficar surpreendido ao saber quantas criaturas têm estes pequenos acessórios na barriga.
O umbigo é uma cicatriz que se forma após o cordão umbilical se separar logo após o nascimento — Sim, já sabemos que sabe isso… era só para relembrar — tem a função de fornecer oxigénio e nutrientes ao embrião enquanto está dentro da mãe, mas, assim que o bebé nasce, esse órgão perde a sua função e cai, deixando para trás uma cicatriz única.
Mas quão únicas são essas bolsas cheias de bactérias que servem para apanhar cotão? Na verdade, não muito. Sim, como todos os mamíferos placentários, os gatos têm umbigo.
Os mamíferos dividem-se em três categorias principais: mamíferos placentários, marsupiais e monotremados.
Os mamíferos placentários são aqueles que gestam dentro de um útero interno antes de nascerem – incluem gatos, cães, macacos, seres humanos e assim por diante.
Os marsupiais dão à luz crias subdesenvolvidas, que são alimentadas através de um saco vitelino enquanto estão dentro do útero, antes de passar o resto do seu desenvolvimento numa bolsa externa semelhante a um útero, onde se alimentam do leite materno — este grupo inclui cangurus, coalas e wombats.
Finalmente, os monotremados, dos quais existem apenas cinco espécies, põem ovos em vez de dar à luz crias vivas.
Como os mamíferos placentários são as únicas espécies que têm um cordão umbilical que se liga à placenta no útero, seria justo supor que são os únicos animais que têm um “umbigo”. Mas será que são?
O Merriam-Webster define o umbigo como “uma depressão no meio do abdómen que marca o ponto de antiga ligação do cordão umbilical ou do pedúnculo vitelino“.
A inclusão de “vésculo” nesta definição é importante, pois significa que os animais que se alimentam através de uma vésculo, seja no caso dos marsupiais, dos animais ovíparos (que nascem de ovos) ou das espécies de répteis e peixes vivíparos (que nascem vivos), também podem ter umbigo.
Os animais alimentados através de um pedúnculo do vitelo, que liga o saco vitelino ao intestino médio, incluem os marsupiais acima mencionados durante a sua fase inicial de gestação e os animais que se desenvolvem dentro de um ovo.
Quando os répteis vivíparos e algumas espécies de peixes gestam dentro da mãe, também ficam ligados a sacos vitelinos, em vez da parede placentária. No entanto, nem todas as espécies de peixes vivíparos são alimentados através de um saco vitelino, chamado lecithotrophy; alguns recebem nutrientes diretamente da mãe, semelhante aos mamíferos placentários, um processo chamado matrotrophy.
Depois de saber o que procurar, verá umbigos em todos os lugares, inclusive em dinossauros (em imagens, claro), a barriga escamosa de uma cobra ou a janela do umbigo raspado de um gato.
