"Vladimir, basta!". Trump para Putin após um dos maiores ataques de sempre a Kiev

BONNIE CASH ; POOL/EPA

“Vladimir, basta!”. Presidente dos EUA considerou os últimos ataques russos desnecessários: “5.000 soldados estão a morrer por semana. Vamos fechar o acordo de paz”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os bombardeamentos russos contra Kiev esta quinta-feira, que considerou “desnecessários” e exigiu ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que pare com os ataques.

“Não estou contente com os ataques russos a Kiev. Desnecessários e em má altura. Vladimir, basta!”, escreveu o líder republicano na sua rede social, Truth Social, apenas um dia depois de dizer que o problema é Zelenskyy na sua tentativa de alcançar a paz.

Na mesma mensagem, o Presidente norte-americano referiu que “5.000 soldados estão a morrer por semana. Vamos fechar o acordo de paz”, acrescentou.

A Rússia atacou na madrugada de quarta para quinta-feira a capital ucraniana com uma barragem de mísseis e drones que durou horas. Pelo menos 9 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas no ataque mais mortífero contra a cidade desde julho passado.

A frustração de Trump cresce, à medida que o esforço liderado pelos EUA para obter um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia não tem feito progressos.

Na quarta-feira, Trump atacou o Presidente ucraniano acusou-o de prolongar o “campo de morte” ao recusar a entregar a península da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014, como parte de um possível acordo.

Zelensky repetiu muitas vezes, durante a guerra que começou com a invasão russa em fevereiro de 2022, que o reconhecimento do território ocupado como sendo da Rússia é uma linha vermelha para a Ucrânia.

O Presidente ucraniano salientou já esta quinta-feira que a Ucrânia concordou com uma proposta de cessar-fogo dos EUA há 44 dias como um primeiro passo para uma paz negociada, mas que os ataques de Moscovo continuaram.

Na terça-feira, o presidente russo Vladimir Putin deu o primeiro sinal de abertura a conversações bilaterais de paz, pela primeira vez em anos, depois do desentendimento pascal do fim de semana.

ZAP // Lusa