Não era suposto mas acontece: funcionários usam e-mails de trabalho para criar contas de streaming e aumentam riscos. A triplicar.
Criar uma conta numa plataforma streaming para ver séries e filmes é perfeitamente normal. Com o e-mail pessoal, é normal.
Partilhar uma conta numa plataforma streaming para ver séries e filmes já começa a ser algo duvidoso. Depende do contexto, da forma como é feita.
Criar uma conta numa plataforma streaming para ver séries e filmes, com o e-mail que se usa na empresa… Aí é que se levantam mais dúvidas.
7% das contas expostas em plataformas como a Netflix são de e-mails de empresas, profissionais. Os dados são revelados num estudo da Kaspersky Digital Footprint Intelligence.
Foram analisadas credenciais comprometidas divulgadas na dark web ao longo de cinco anos, entre 2019 e 2024. Os resultados foram divulgados no Mobile World Congress 2025, em Barcelona
Criar conta no streaming com e-mail do trabalho pode originar três problemas, como salienta o Executive Digest.
O primeiro, e olhando para o lado dos patrões, é que aumenta a vulnerabilidade das empresas, que ficam mais sujeitas a roubos de contas e violações de segurança.
“Se as palavras-passe tiverem um padrão previsível em diferentes serviços – por exemplo, “Word2025!”, em que ‘2025’ se repete noutros serviços – aumenta a probabilidade de outras contas serem comprometidas, incluindo a conta do trabalho, caso o endereço electrónico empresarial seja exposto numa fuga de informação na dark web”, avisa Sergey Shcherbel, especialista da Kaspersky.
Em segundo lugar, o utilizador perde o acesso a essas contas se mudar de emprego, em princípio.
Em terceiro lugar… pode ser despedido.
As pessoas que mais vezes criam contas no streaming com e-mail do trabalho são quem trabalha em bancos.