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“Incompetentes”: comboio CP parado durante 2h, longe de estações. Passageiros presos

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Rail View / Flickr

Comboio parado em Contumil

Uma “banal avaria” originou a paragem perto das oficinas de Contumil. O ambiente aqueceu lá dentro. Não houve explicação.

Nas últimas semanas, o assunto mais forte relacionado com comboios, na zona do Porto e arredores, foi a reabertura da linha de Leixões (que só vai até Leça do Balio, para já). Um regresso ao passado, agora com apeadeiros no Hospital São João e Arroteia.

Outra notícia no mesmo sector, e na mesma zona, é a modernização das máquinas de venda automática da CP no Grande Porto. As alterações estão quase a começar e vão prolongar-se até 2026.

Mas, na semana passada, um comboio saltou para as notícias: avariou entre Contumil e Rio Tinto e ficou parado durante cerca de duas horas. O comboio partiu de São Bento às 18h15, rumo a Braga.

Um comboio cheio, com centenas de passageiros lá dentro. Ninguém conseguiu sair durante cerca de uma hora e meia, estavam longe de qualquer estação. E o ambiente aqueceu lá dentro.

Pedro Olavo Simões não gostou nada do que aconteceu naquela terça-feira.

Já não gosta da “costumeira molhada que, dia após dia, cumpre os movimentos pendulares para dentro e fora da cidade”.

E depois deparo-se com esta “banal avaria”, que demorou muito a ser resolvida – ainda por cima o comboio estava perto de Contumil, “uma das zonas em que a CP tem mais oficinas e técnicos por metro quadrado”, lembra o jornalista no Jornal de Notícias.

Pedro retrata cenas que viu dentro do comboio, durante essa paragem longa: “Do jovem que ameaçava partir tudo sem partir nada, usando o termo “literalmente” dez vezes em cada seis palavras, à jovem mãe que amamentava o bebé em pé, ameaçando que saltava pela porta para o meio da gravilha só porque sim, passando pela bem-disposta mulher que acalmava todos em seu redor…”.

Pedro Olavo Simões retrata um final de dia com “passageiros perdidos durante quase duas horas” e lamenta que a CP não tenha dado qualquer explicação.

Sobram críticas à CP: “Uma companhia de incompetentes, salvos pela boa gente – maquinista e técnicos – que, no desespero de uma situação que não se resolvia, tinham palavras de ânimo. Sobrou a grosseria da ausência: a dois passos de uma das maiores estações do país, não houve um responsável responsável”, continua o desabafo.

“Enfim, ninguém morreu”.

ZAP //

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