Mercedes-Benz
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Mercedes EQS 450+ modificado está a testar as novas baterias de estado sólido da marca
Não é segredo que as baterias de estado sólido podem ser a próxima grande novidade na indústria dos veículos elétricos, mas a sua adoção em massa tem sido prejudicada por questões de fiabilidade — que a Mercedes parece ter resolvido.
A fabricante automóvel alemã Mercedes-Benz está a testar as suas próprias baterias de estado sólido para os veículos elétricos da marca — que prometem uma autonomia de mais de 1.000 km com uma única carga, anunciou a empresa no seu site.
Estas novas baterias, que poderão vir a oferecer uma autonomia 80% superior à das atuais baterias de iões de lítio, carregamento mais rápido e maior eficiência, estão a ser desenvolvidas pela fabricante alemã em colaboração com a Fatorial Energy, sediada nos EUA.
O primeiro automóvel de produção da Mercedes a utilizar esta bateria, que está já a ser testada em Brixworth, no Reino Unido, num elétrico EQS 450+ modificado, será provavelmente lançado até ao final da década, diz o New Atlas.
No protótipo que está a ser testado, engenheiros da equipa de Fórmula 1 da marca alemã construíram um mecanismo que controla a forma como os materiais no interior das células da bateria se expandem e contraem durante a carga e a descarga — para uma maior estabilidade e longevidade.
Segundo a fabricante alemã, a caixa da bateria de 12 módulos do EQS 450+ era suficientemente versátil para várias configurações, embora as suas especificações completas ainda estejam pendentes de confirmação.
A Mercedes estima para já um aumento de 25% na autonomia de condução com a nova bateria. O protótipo do EQS 450+ tem atualmente uma autonomia de 822 km, o que sugere uma autonomia de condução em tempo real de mais de 1.000 km quando o veículo elétrico for finalmente lançado.
O atual EQS 450+ de produção, por comparação, é alimentado por uma bateria de iões de lítio de 118 kWh com uma autonomia de 566 km.
Mas se estas revolucionárias baterias de estado sólido são tão espetaculares, então porque é que não estão ainda a ser utilizadas?
A principal razão prende-se com a sua propensão para abrir fraturas à medida que se expandem e contraem durante um ciclo de carregamento, o que resulta em dendrites, que podem levar a curto-circuitos na bateria.
Por este motivo, as baterias de iões de lítio continuam a ser a opção mais fiável e de longo prazo para a alimentação de veículos elétricos – pelo menos até agora.
A bateria da Fatorial Energy, porém, usa um eletrólito sólido à base de sulfureto que torna a sua bateria de estado sólido mais segura e eficaz.
Para além das novas baterias, a AMG High-Performance Powertrain, unidade de alta performance da marca, em Brixworth, está também a desenvolver sistemas de eletrónica de carboneto de silício de nova geração para melhorar o desempenho e a eficiência energética dos próximos veículos da empresa.
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