Em menos de um ano de Governo, já seis diretos do BCP foram convidados pelos ministérios das Finanças e da Economia a ocupar altos cargos na administração pública.
O Governo de Luís Montenegro tem recrutado vários ex-diretores do BCP para cargos de relevo na administração pública e em empresas estatais. Nos últimos meses, pelo menos seis altos quadros do banco foram nomeados para posições estratégicas nos Ministérios das Finanças e da Economia, segundo avança o ECO.
O próprio ministro da Economia, Pedro Reis, tem ligações ao BCP, onde trabalhou entre 2014 e 2021, chegando a liderar a Direção de Banca Institucional. A sua passagem pelo banco pode ter influenciado algumas das nomeações, não só pelo conhecimento das competências dos profissionais escolhidos, mas também pela confiança e alinhamento político associados a cargos públicos.
Entre as nomeações mais relevantes está a de José Pulido Valente, ex-diretor do BCP, que foi escolhido pelo ministro da Economia para liderar o IAPMEI. Segundo Pedro Reis, esta decisão visou renovar a liderança do instituto e fortalecer a diplomacia económica.
Outra nomeação de peso foi a de José Maria Brandão de Brito, antigo economista-chefe do BCP, que assumiu há um ano o cargo de secretário de Estado do Orçamento. Responsável pela elaboração do Orçamento do Estado, Brandão de Brito prepara agora a proposta para 2026, num contexto de elevada incerteza política dado o Governo ser minoritário.
Já o Ministério das Finanças recrutou Márcia Rodrigues, ex-diretora do Departamento de Estudos Económicos do BCP, para integrar a administração da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).
Apesar das movimentações, o BCP optou por não comentar a saída de vários dos seus quadros para o setor público. Os ministérios envolvidos reforçaram que todas as nomeações foram validadas pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) e pelo Banco de Portugal.
Entretanto, algumas destas transições são temporárias. José Brandão de Brito, Márcia Rodrigues e José Pulido Valente estão em regime de comissão de serviço, podendo regressar ao BCP após a passagem pelo setor público.
No entanto, Gonçalo Regalado e Tiago Mateus, recentemente nomeados CEO e administrador do Banco Português de Fomento (BPF), desvincularam-se definitivamente do BCP, seguindo recomendações do Banco de Portugal. Ambos assumem agora a missão de revitalizar o BPF e, ao contrário dos restantes ex-quadros do banco, não poderão regressar aos seus cargos de origem.
Questionados sobre as nomeações, os ministérios da Economia e das Finanças referemque as escolhas “foram feitas unicamente considerando o mérito, as competências e os percursos profissionais de cada uma das personalidades”.
e como é que com os Salarios, já alteraram a Lei para “dar” mais, ou será os Bancos a pagarem pelo Trabalho no Publico?
Ou qual é a “jogada”, o “arranjinho”. O PSD perdeu toda a credibilidade. Quanto mais depressa desaparecerem melhor para as Pessoas e para o País.
Esta tropa do PSD dá vomitos.