Salário médio teve a maior subida da década

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O salário médio mensal líquido subiu 100 euros – para 1.142 -, em 2024. Foi a maior subida da última década, mas está longe de resolver as desigualdades.

O salário médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal, no ano passado, aumentou 9,6% em relação a 2023 – indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira.

Isto significa uma subida de 100 euros, resultando assim num salário de médio líquido de 1.142 euros.

De acordo com cálculos feitos pelo jornal ECO, esta foi a maior subida do salário médio mensal líquido da última década.

“O aumento de 9,6% foi histórico, tendo em conta que as variações anuais rondaram sempre os 2% e 3%”, analisa o mesmo jornal. Ao contrário do que tem vindo a acontecer, todas as profissões viram o salário médio líquido crescer acima da inflação.

O aumento do salário mínimo (de 7,8% em 2023 e de 7,9% em 2024) e a valorização das carreiras da Administração Pública foram dois dos principais impulsionadores deste aumento do ordenado médio líquido.

Os militares das Forças Armadas tiveram o do maior aumento salarial (21,7%). Seguiram-se os agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta (10%); e, a fechar o pódio, os técnicos e profissões de nível intermédio (9,8%).

No entanto, como analisou a RH Magazine, a remuneração bruta mensal média cresceu apenas 6,4%, atingindo 1.640 euros. Já o crescimento real, ajustado à inflação, foi de 3,6%.

Ou seja, a valorização salarial nem sempre se traduz numa melhoria real do poder de compra, nem elimina as disparidades estruturais do mercado de trabalho português – reparou a mesma revista.

Desigualdades aumentam

Como detalhou o INE, a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que em 2023 estava nos 178 euros, agravou-se para 206 euros.

Os homens receberam em média 1249 euros, o que equivale a um acréscimo de 10,14% (115 euros), ao passo que as mulheres auferiram em média 1043 euros, o que corresponde a uma subida menor, de 9,1% (87 euros).

Se tivermos apenas em conta o salário bruto, após descontos e contribuições, a diferença fica menor. Mas, mesmo assim, uma mulher continua a ganhar menos 179 euros do que um homem. Em 2022 essa diferença era de 166 euros.

ZAP //

1 Comment

  1. Afinal, o governo da AD está a ser produtivo. Fico mais descansada!
    Tiveram o meu voto no ano passado, e teriam novamente.

    Os esquerdalhas é que não sabem notar o que de bom foi feito (as irregularidades são normais, nem tudo corre bem, mas atente-se, por favor, naquilo que já se fez).

    Obrigada pela atenção,

    Lucinda.

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