Kicki Nilsson / EPA
Equipas de emergência reunidas após um tiroteio na Escola Risbergska em Orebro, Suécia.
Há 10 mortos confirmados após um tiroteio numa escola para adultos em Örebro, a 200 quilómetros de Estocolmo, na Suécia. O atirador estará entre as vítimas e será “um solitário que não gostava de pessoas”.
A polícia está ainda a identificar todas as vítimas do tiroteio, pelo que ainda não deu indicações quanto ao número de feridos.
O atirador será um homem de 35 anos, natural da Suécia e sem antecedentes criminais, ou qualquer registo na polícia, de acordo com as primeiras informações.
As autoridades acreditam que o homem, que teria licença de porte de arma, terá agido sozinho.
“Continuamos a acreditar que temos o principal autor do crime, embora não excluamos a possibilidade de haver mais pessoas ligadas“, revelou aos jornalistas o chefe da polícia de Örebro, Roberto Eid Forest.
A Suécia tem-se debatido, nos últimos anos, com uma onda inédita de violência associada a lutas entre gangues.
Mas a polícia adianta que o suspeito não terá ligações a grupos criminosos, nem a organizações terroristas.
Atirador será “solitário que não gostava de pessoas”
O suspeito daquele que já é definido como o pior tiroteio em massa da história da Suécia, “não tinha emprego, tinha problemas sociais e afastou-se da família”, avança o jornal sueco Aftonbladet.
“Ele não consegue cumprir horários e coisas desse género. Mas brilha quando cuida do cão dos pais”, revela um familiar do homem ao jornal.
Outro familiar fala dele como “um solitário” e “muito reservado”, que “parece não gostar de pessoas“, sublinhando ainda que teria “dificuldades com a sua saúde mental”.
O Aftonbladet apurou também que o alegado atirador “mudou de nome repentinamente” há oito anos, sem que os familiares saibam explicar porquê.
“Não tivemos muito contacto com ele nos últimos anos. Em criança era diferente, mas animado”, conta o primeiro familiar citado, constatando que “nos últimos anos, tem passado por momentos difíceis“.
Escola dá aulas a adultos e a imigrantes
A escola Campus Risbergska, onde ocorreu o tiroteio, é um centro de educação de adultos que lecciona cursos de ensino primário e secundário. Também dá aulas de sueco para imigrantes, formação profissional e tem programas para pessoas com deficiências intelectuais.
Uma das professoras da escola, Lena Warenmark, relatou à televisão pública SVT que havia menos alunos do que o habitual nas instalações na altura do tiroteio, uma vez que muitos tinham ido para casa depois de terminarem os exames.
“Hoje é um dia muito doloroso para toda a Suécia. Os meus pensamentos estão com todos aqueles cujo dia escolar foi afectado pelo terror”, declarou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, à agência noticiosa sueca TT.
A violência armada nas escolas é muito rara na Suécia. Mas, nos últimos anos, registaram-se vários incidentes com feridos ou mortos com outras armas, como facas ou machados.
ZAP // Lusa
