A “Operação Pretoriano” que envolve elementos da claque dos Super Dragões estava pronta para o julgamento, mas devido a um erro de transcrição, o processo dá um passo atrás.
Após a realização da fase de instrução, a “Operação Pretoriano” já tinha sido enviada para o Tribunal de São João Novo para o início do julgamento. Mas, agora, volta ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto devido a um erro na transcrição de uma mensagem do arguido José Pereira.
Em causa está um “me” no sítio errado, conforme apurou o Público.
A mensagem foi enviada por José Pereira à namorada, através do WhatsApp, e falava de outro arguido do processo, Hugo Carneiro, mais conhecido como “Polaco”,
Referindo-se às pulseiras para entrar na polémica Assembleia-Geral (AG) do FC Porto de 13 de Novembro de 2023, José Pereira terá dito à namorada que “Foi o Polaco que arranjou”.
Mas no processo, a mensagem foi transcrita com um “me” a mais, ou seja, “Foi o Polaco que me arranjou”, conforme transcreve o Público.
Este “me” criava uma ligação directa entre José Pereira e “Polaco”, antigo líder da claque Superdragões.
Pinto da Costa não foi ouvido por razões de saúde
Entretanto, Pinto da Costa deveria ter sido ouvido no âmbito do processo, nesta sexta-feira, para “memória futura”, a pedido da defesa de um dos arguidos do processo, Fernando Saul.
Mas o depoimento foi adiado devido a problemas de saúde do ex-presidente do FC Porto.
Pinto da Costa foi diagnosticado com um cancro na próstata, em Setembro de 2021.
A audiência ao ex-dirigente desportiva foi adiada sem nova data, devido ao seu “estado incapacitante” de saúde, conforme nota o despacho do TIC do Porto a que a Lusa teve acesso.
A sessão será reagendada “assim que a testemunha tenha recomendação ou autorização médica para o efeito”, aponta o mesmo despacho.
Há 12 arguidos na “Operação Pretoriano”, entre os quais Fernando Madureira, ex-líder dos Superdragões, e a mulher Sandra.
Em causa estão crimes de ofensas à integridade física, coação agravada e atentado à liberdade de informação.
O Ministério Pública acusa os arguidos ligados à claque Super Dragões, de “criarem um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto para que fosse aprovada uma revisão estatutária que era “do interesse da direcção” do clube, então presidido por Pinto da Costa.
ZAP // Lusa