A Colis Colis reúne encomendas perdidas, que depois são seladas ao quilo… mas fechadas. O cliente paga mas não sabe o quê.
Encomendas perdidas são algo frequente. Comprar qualquer produto por quilo também. As duas coisas juntas… nem por isso.
A Colis Colis foi fundada pelos franceses Marc Colpart e Alexis Meideck, amigos de infância. O seu negócio é aproveitar as encomendas não reclamadas.
Essas encomendas iam sendo cada vez mais, começavam a “entupir” os armazéns de empresas de correios e entregas.
Depois eram destruídas – mas muitas agora já não são.
A tal empresa, Colis Colis, começou a ir aos “perdidos e achados” dos correios (ou só aos perdidos, na verdade) e começou a vender essas encomendas perdidas.
Os pacotes são vendidos ao quilo e estão fechados. Sem anunciar o que se está lá dentro.
Ou seja, o cliente compra sem saber o que está a comprar. Paga mas não sabe o que está a pagar.
E parece que há muitas pessoas a querer descobrir o que está dentro de uma caixa. Ou melhor: há muitas pessoas dispostas a pagar para descobrir o que está dentro de uma caixa.
É que o negócio foi crescendo no país original, França, e agora a empresa instalou-se em Portugal. Chegou há duas semanas ao centro comercial Ubbo, na Amadora.
E, ainda antes de abrir, já havia fila à porta da loja. Eram centenas de pessoas à espera, relata o Expresso.
As pessoas entram, olham para as encomendas todas (todos os pacotes estão fechados, recordamos, e não têm indicação do nome ou morada original), não pode abrir a encomenda e pega no que quer. À saída, pesa e paga.
Ah, e o preço? 21,99 euros por quilo. Menos do que um quilo custa 24,99 euros, seja qual for o preço.
A rutura de stock foi quase imediata. Em cinco dias, foram vendidas 13,5 toneladas de encomendas não reclamadas.
“25% das pessoas saem contentes com o que levam, e que outras 15% a 20% tiram gozo da experiência em si. A ideia é que as pessoas desfrutem da experiência e que seja um momento de prazer”, resume Marc Colpart.
Os CTT também vendem encomendas não reclamadas, mas apenas em três leilões por ano. Esses leilões realizam-se nas últimas quartas-feiras de Janeiro, Abril e Outubro.